Os restos mortais do candidato à presidência do Paraguai, Lino Oviedo, serão enterrados na próxima quinta-feira (7). Na manhã desta quarta, o caixão com os restos mortais do líder do partido Unace (União Nacional de Cidadãos Éticos) foi levado ao Congresso para uma cerimônia de despedida na Sala Bicameral.
Oviedo era candidato às eleições de 21 de abril e morreu num acidente de helicóptero no último sábado (2) enquanto voltava de um comício em Concepción. O helicóptero em que viajava caiu em Presidente Hayes, na província do Chaco. Morreram também o piloto e um segurança; as causas da queda não foram identificadas.
Durante a homenagem no Congresso, representantes dos dois partidos tradicionais do país, o Liberal e o Colorado prestaram homenagens para Oviedo. Filho de Oviedo, o deputado e porta-voz da Unace, Ariel Oviedo também discursou.
O presidente paraguaio Federico Franco acompanhou nesta manhã uma missa em homenagem a Oviedo.
CAUSAS
A Direção de Aeronáutica Civil do Paraguai anunciou que na tarde desta quarta-feira, quatro especialistas em desastres aéreos chegam ao país para determinar as causas da tragédia. Segundo o diretor Carlos Fugarazzo o resultado final das investigações não deverá sair em menos de 60 dias.
A imprensa do Paraguai afirmou na última segunda-feira (4) que o acidente de helicóptero teria sido provocado por ventos fortes que atingiam a região de Presidente Hayes, onde o aparelho caiu.
O jornal "Ultima Hora" consultou dois pilotos, um militar e um civil, que atribuíram aos ventos a queda do helicóptero Robinson 44. O ex-comandante da Brigada Aérea da Força Aérea do Paraguai, Fernando Noldin, disse que não acredita na hipótese de atentado.
OVIEDO
Ex-chefe do Exército e de origem camponesa, Oviedo foi o homem que intimou pessoalmente a rendição do ditador Alfredo Stroessner em 1989 e provocou a queda do regime.
Seus principais adversários nas eleições presidenciais eram Horacio Cartes, do opositor Partido Colorado, e Efraín Alegre, do Partido Liberal.