Folha de S. Paulo


Pesquisa aponta para melhora na economia do euro em dezembro

O Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) apontou uma melhora nas economias da zona do euro, embora a recuperação total ainda pareça distante. A pesquisa foi divulgada nesta sexta-feira pelo instituto Markit, que faz a consulta com os responsáveis pelas principais empresas da região.

Os números, que variam de zero a cem, ficaram em 47,2 em dezembro, contra 46,5 no mês anterior. O número foi ligeiramente revisado após leitura preliminar de 47,3.

A leitura foi a mais alta desde o mês de março, embora tenha permanecido abaixo dos 50 pontos, nível que divide a situação da economia de um país ou das contas de uma empresa entre retração e crescimento.

Na Alemanha, primeira economia da Europa, o índice foi de 50,3 em dezembro, seu nível mais alto em oito meses. Na Itália, foi de 45,7, o nível mais alto em 11 meses. Na Espanha era de 43,9, seu nível mais alto em nove meses, enquanto a França registrava 44,6, o maior valor em quatro meses.

A situação melhorou entre as empresas de serviços que compõem a maior parte da economia da zona do euro, variando de bancos a restaurantes, mas o setor industrial enfrentou um final de ano difícil em 2012.

Em dezembro as empresas do setor de serviços tornaram-se mais otimistas em relação ao próximo ano, uma vez que o PMI do setor atingiu uma máxima de cinco meses de 47,8, ante 46,7 em novembro e inalterado em relação à leitura preliminar.

O Markit alertou que os dados provavelmente não serão suficientes para impedir que a recessão da zona do euro tenha se aprofundado no quarto trimestre do ano passado, graças aos dados ruins em outubro e novembro.

"As pesquisas ao menos trazem alguma consistência à expectativa de que o pior acabou e de que o retorno ao crescimento está próximo para a região em 2013", disse o economista-chefe do Markit, Chris Willianson.

"As pesquisas subiram para máximas de vários meses em todos os quatro maiores membros do euro, sugerindo que as taxas de declínio diminuíram na França, Itália e Espanha, enquanto a situação econômica se estabilizou na Alemanha."


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