Folha de S. Paulo


Bolsa fecha estável e dólar vai a R$ 3,33; Embraer fecha em baixa de 1,4%

A Bolsa brasileira teve a melhor semana em três meses com a ajuda da Embraer e da aprovação da reforma tributária nos Estados Unidos, enquanto o dólar voltou a subir nesta sexta (22) e encerrou cotado a R$ 3,33.

O Ibovespa, índice das ações mais negociadas, subiu 0,07%, para 75.186 pontos. Na semana, a alta foi de 3,55% –a melhor desde a encerrada em 15 de setembro (+ 3,66%). O volume financeiro negociado foi de R$ 5,85 bilhões, enquanto a média diária do ano está em R$ 10,75 bilhões.

O dólar comercial teve avanço de 0,75%, para R$ 3,335. A alta na semana foi de 0,82%. O dólar à vista subiu 0,72%, para R$ 3,333 –na semana, o ganho foi de 0,72%.

As ações da Embraer voltaram a se destacar nesta sessão, após subirem 22,5% na quinta. Nesta sexta, os papéis chegaram a ser negociados com alta de 7,43%, mas terminaram o dia em baixa de 1,44%, para R$ 19,91, com os investidores embolsando parte dos ganhos obtidos.

Os papéis caíram também após o presidente Michel Temer afirmar que a venda da empresa está "fora de cogitação".

"Toda parceria é bem-vinda, o que não está em cogitação é a transferência de controle da Embraer", afirmou Temer durante café da manhã com jornalistas no Palácio da Alvorada.

A valorização dos papéis na quinta-feira impulsionou a alta da Bolsa na semana, assim como a reforma tributária americana, sancionada pelo presidente Donald Trump. O plano alcança US$ 1,5 trilhão. Trump também aprovou uma lei de gastos de curto prazo que evita um possível encerramento do governo.

AÇÕES

Das 59 ações do Ibovespa, 31 subiram, 27 caíram e uma ficou estável.

As ações preferenciais da Eletrobras lideraram as altas, com avanço de 6,40%, para R$ 22,29. Os papéis ordinários subiram 4,33%, para R$ 18,78. A Ecorodovias se valorizou 3,64%.

Na ponta contrária, as ações da Fibria caíram 1,93%. Os papéis da Suzano se desvalorizaram 1,74%, e a BR Malls caiu 1,52%.

Os papéis preferenciais da Petrobras caíram 0,69%, para R$ 15,75. As ações ordinárias tiveram desvalorização de 0,36%, para R$ 16,59. O petróleo fechou o dia com sinais mistos, com os investidores avaliando promessas da Arábia Saudita, líder da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), e da Rússia de que qualquer saída dos cortes de produção do grupo se dará de forma gradual.

A Vale viu suas ações subirem 0,15%, no sétimo dia de valorização. A empresa migrou, nesta sexta, seus papéis para o segmento Novo Mercado da Bolsa. Segundo o presidente da mineradora, Fabio Schvartsman, a mudança deve atrair um perfil novo de investidores para a companhia.

Entre os bancos, o Itaú Unibanco recuou 0,47%. As ações preferenciais do Bradesco tiveram alta de 0,29%, e as ordinárias se valorizaram 0,57%. O Banco do Brasil teve avanço de 0,35%, e as units –conjunto de ações- do Santander Brasil tiveram baixa de 1,49%.

DÓLAR

No mundo, a divisa americana perdeu força ante 18 das 31 principais moedas.

O Banco Central terminou na quarta a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro), com vencimento em janeiro. Outro vencimento só ocorrerá em abril.

O CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil fechou em baixa de 0,26%, para 164,3 pontos.

No mercado de juros futuros, os contratos mais negociados fecharam em baixa. O contrato com vencimento para janeiro de 2018 recuou de 6,893% para 6,890%. Já o contrato para janeiro de 2019 caiu de 6,920% para 6,910%.


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