Folha de S. Paulo


Presidente da Oi reage a ofensiva do acionista Nelson Tanure

Leo Pinheiro - 13.out.2005/Valor Economico
Rio de Janeiro - 13/10/2005 - Empresas Nelson Tanure, Empresario da Apvar e Presidente do Jornal do Brasil. Assembleia de Credores da Varig. Foto: Leo Pinheiro/Valor Economico ***FOTO DE USO EXCLUSIVO FOLHAPRESS*** ORG XMIT: AGEN1103030110388982
Nelson Tanure, que tenta adiar assembleia de credores da Oi

A ofensiva do Société Mondiale, fundo de investimentos do acionista Nelson Tanure na Oi, para tentar adiar a assembleia geral de credores marcada para esta terça (19) levou o atual presidente da Oi, Eurico Teles, a fazer um desabafo público.

Teles divulgou uma mensagem nesta segunda-feira (18) manifestando "repúdio aos ataques pessoais que tenho sofrido por parte de acionista minoritário da Oi".

Ele defende que o processo de recuperação judicial da Oi "seguiu todos os ritos legais e de transparência" e diz que vem tentando combater conflitos de interesses e disputas de poder pelo controle da companhia.

"Não admitirei que ataques pessoais e perseguições maculem este processo, que envolve mais de 55 mil credores e amplo e pulverizado contingente de acionistas. Seguirei na minha missão de buscar a recuperação da Oi", disse Teles em comunicado.

O executivo foi nomeado no fim de novembro pelo Juiz da 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro para conduzir as negociações com credores e levar à Justiça um novo plano de recuperação da Oi.

A manifestação de Teles acontece depois que o Société Mondiale, para tentar adiar a assembleia desta terça, enviou notificações para Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), BNDES e outras instituições apontando supostas ilegalidades nas ações de Teles.

A Oi realiza neta terça, no Rio de Janeiro, a assembleia geral de credores, que vai deliberar sobre o plano de recuperação judicial protocolado pela companhia na Justiça no último dia 12.

Também nesta segunda, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou a jornalistas que o banco definirá sua posição em relação ao plano de recuperação da Oi.

Ele não descartou a possibilidade de novo adiamento da discussão, caso o plano não permita "necessidades mínimas" de investimento pela companhia no futuro.


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