Folha de S. Paulo


Temer suspende reunião para anunciar data de reforma

O presidente Michel Temer suspendeu reunião que faria nesta quinta-feira (14) para definir a data da votação da reforma previdenciária.

Por recomendação médica, ele permanecerá internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, onde foi submetido a cirurgia para desobstrução da uretra nesta quarta (13).

A cirurgia foi realizada com a aplicação de anestesia geral e Temer, segundo boletim médico, apresenta boa evolução.

Nesta quinta, Temer recebeu a visita do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), Paulo Skaf.

"Ele está com a cara ótima, tranquilo. Achei ele muito bem", disse Skaf. "Conversamos sobre a importância de se aprovar a reforma da Previdência em fevereiro, e senti ele muito animado".

Com a permanência em São Paulo, Temer pretende realizar a reunião com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) na sexta-feira (15) ou na segunda-feira (18).

Ela vai depender, contudo, da mudança da agenda de Eunício, que deve retornar nesta quinta-feira para o Ceará e programava viagem ao exterior na sequência.

REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Veja notícias sobre o tema

A ideia ainda é que após o encontro, o peemedebista faça um pronunciamento no Palácio do Planalto para anunciar o adiamento da votação para fevereiro, estabelecendo uma data no ano que vem.

Para afinar o discurso e fechar a data, o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) reuniu-se na manhã desta quinta-feira (14) com Maia e com o relator da reforma, Arthur Maia (PPS-BA).

A posse do deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS), que também seria realizada nesta quinta, deve ser feita na sexta, no Palácio do Planalto.

Em nota, a unidade médica havia informado que a recuperação do presidente seria de até 48 horas, já que ele carrega uma sonda urinária.

Mesmo com o prazo estabelecido, o peemedebista divulgou aviso na qual informou que voltaria nesta quinta-feira para Brasília.

Na quarta-feira, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que a reforma será adiada para fevereiro. A declaração, no entanto, atropelou o presidente, que pretendia fazê-la em pronunciamento.

Na noite anterior, ele havia comunicado a Eunício e a Jucá que a votação ficará apenas para o ano que vem por falta de votos.

O Palácio do Planalto contabiliza 285 votos, sendo que o mínimo necessário é de 308 votos em dois turnos, por tratar-se de PEC (Proposta de Emenda à Constituição).


Endereço da página:

Links no texto: