Folha de S. Paulo


Desemprego recua para 12,2% no trimestre encerrado em outubro

O desemprego no país recuou para 12,2% no trimestre encerrado em outubro, divulgou o IBGE na manhã desta quinta-feira. A taxa no trimestre imediatamente anterior, encerrado em julho, havia sido de 12,8%.

Os dados constam da Pnad Contínua, pesquisa oficial de emprego do instituto, cuja abrangência é nacional e engloba trabalhos formais e informais.

O país fechou o trimestre encerrado em outubro com 12,7 milhões de pessoas desocupadas, que são desempregados na fila por emprego. O montante representa queda de 4,4% em relação às 13,3 milhões do trimestre findo em julho. A diferença, de 586 mil pessoas, é referente à quantidade de cidadãos que deixaram a fila do emprego.

Depois de bater sucessivos recordes a partir de meados de 2015, o desemprego vem em trajetória de queda no país desde janeiro deste ano.

Taxa de desocupação - Por trimestre móvel, em %

Rendimento médio real - Habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas, por trimestre móvel, em R$

O rendimento real habitual do brasileiro se manteve praticamente estável, de R$ 2.119 no trimestre anterior para R$2.127 neste.

Há aumento de vagas informais em detrimento de postos com carteira. Tem aumentado o contingente de trabalhadores por conta própria (pequenos empresários sem funcionários ou pessoas jurídicas que prestam serviços para empresas) e empregados sem carteira assinada.

Esse modelo de trabalho é considerado de menor qualidade em relação aos postos com carteira assinada, protegidos pelas leis trabalhistas. De todo modo, em razão da crise e a redução de vagas formais, são os empregos de menor qualidade que sustentam a melhora da taxa de emprego.

O contingente de ocupados no país —pessoas que estão de fato trabalhando, independentemente do modelo de contratação— atingiu 91,5 milhões no trimestre encerrado em outubro. O montante representa alta de 1% frente ao trimestre findo em julho.

As mudanças provenientes da reforma trabalhista ainda não estão contempladas na pesquisa de emprego do IBGE. O instituto está estudando a forma de quantificar a taxa de desemprego do país que atenda às novas regras.

Houve, no período, aumento de 2,4% de trabalhadores sem carteira assinada, que somaram 11 milhões de pessoas no período.

O número de empregados com carteira assinada permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, com 33,3 milhões de registrados, mas houve queda de 2,2% dos trabalhadores com carteira em relação ao mesmo período do ano anterior, com 738 mil empregados a menos.

Cresceu a quantidade de trabalhadores domésticos, um contingente de 6,3 milhões de pessoas, 2,9% a mais que no trimestre encerrado em julho.

A quantidade de pessoas empregadas em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura caiu em relação ao mesmo período de 2016, com 419 mil pessoas a menos trabalhando nestes setores.

HÁ UM ANO

Apesar de estar em queda, o desemprego neste ano continua mais alto que o verificado no ano passado. No trimestre encerrado em outubro de 2016, a taxa estava em 11,8%, o que é 1 ponto percentual a menos que o verificado em período equivalente este ano.

Houve um aumento de 698 mil pessoas desocupadas no país, ou 5,8%, nessa mesma comparação.


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