Folha de S. Paulo


Enel inaugura no Piauí maior usina solar do país

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Parque solar da empresa italiana Enel na Bahia

A companhia de energia italiana Enel inaugurou nesta terça (28) o maior parque de geração de energia solar do país, com capacidade instalada de 292 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer cerca de 300 mil residências.

Com planos para ampliar sua presença neste setor, a companhia avalia que é "um erro" tentar nacionalizar a produção de painéis fotovoltaicos, hoje importados da China.

O Parque Solar Nova Olinda teve investimento de US$ 300 milhões e está localizado em Ribeira do Piauí, cidade de 4.263 habitantes (segundo o IBGE) a cerca de 380 quilômetros de Teresina.

O parque ocupa uma área de 690 hectares, o equivalente a 700 campos de futebol, em meio à caatinga e tem quase 1 milhão de painéis para a geração de energia.

É o terceiro parque solar da empresa em operação no país. Os outros dois estão na Bahia, onde a empresa conclui as obras de um quarto empreendimento do tipo, que deve iniciar as operações em dezembro.

Ao todo, o conjunto acumula investimentos de US$ 1 bilhão, com capacidade somada de 819 MW.

A companhia vendeu a energia de Nova Olinda em leilão realizado pelo governo em 2015, ao preço de R$ 302 por megawatt-hora (MWh).

O presidente da Enel Green Power, braço de energia renovável do grupo, Antonio Cammisecra, disse que a empresa tem planos de expandir sua atuação no Brasil e avalia participar dos leilões de energia que o governo realizará este ano.

Ele disse que a companhia já tem em vista um projeto eólico no Piauí, chamado Lagoa do Barro, e estuda disputar também com usinas solares, mas não deu detalhes.

Embora veja potencial de crescimento da energia solar no Brasil, Cammisecra, disse que "é um erro" fomentar a produção de painéis fotovoltaicos no país.

Todos os 930 mil painéis do parque Nova Olinda foram comprados na China, com custo equivalente a 30% do total investido (ou aproximadamente US$ 100 milhões).

"São coisas que se convém comprar na China, porque estão muito baratos", disse ele, em entrevista após a cerimônia de inauguração do parque.

Segundo o executivo, será difícil para qualquer país alcançar um nível de competitividade para disputar com o país asiático neste item.

Cammisecra disse que o Brasil tem potencial para fornecer transformadores, estruturas para os painéis e engenharia para os projetos.

ELETROBRAS

Controladora de distribuidoras de eletricidade no Rio e em Goiás, a Enel é apontada pelo mercado como uma das concorrentes pelas distribuidoras de eletricidade da Eletrobras.

O presidente da empresa no Brasil, Carlo Zorzoli, voltou a reafirmar o interesse da companhia em ativos no país, mas disse que não comentaria casos específicos.

"A Enel está mirando o Brasil e quer ser parte do processo de consolidação do setor", comentou.

A companhia atua ainda na área de energia éolica, com 670 MW em operação e 172 MW em construção, e tem a hidrelétrica de Volta Grande, com 380 MW.

O repórter viajou a convite da Enel


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