Folha de S. Paulo


Aliados veem risco para meta fiscal de 2018

Apesar de haver ceticismo entre os principais articuladores do governo em relação às chances de a nova Previdência ser aprovada neste ano, não há consenso sobre a melhor forma de evitar que a proposta naufrague de vez.

O Planalto já admite apresentar uma proposta com três medidas que comprometem o ajuste fiscal em troca de votos na Câmara, mas parte da equipe econômica considera que a proposta poderá ser uma sinalização ruim ao mercado.

A avaliação é que a proposta é antagônica ao compromisso com a meta fiscal de 2018, fixada em um deficit de R$ 159 bilhões.

Enquanto alguns aliados do presidente Michel Temer acreditam que as negociações dessas medidas podem ser amenizadas por uma boa arrecadação no ano que vem, outros já argumentam que será necessário revisar a meta fiscal de 2018 –o que o governo não admite, por ora.

Após evento no Planalto nesta quarta-feira (22), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que qualquer medida tomada pelo governo "tem que estar dentro da meta".

Ele foi questionado sobre a possibilidade de aceitar propostas de prefeitos e governadores que representem impacto na área fiscal. "O nosso compromisso é manter e cumprir meta de [um deficit de] R$ 159 bilhões neste ano e o ano que vem. Portanto, qualquer coisa tem que estar dentro da meta", disse o ministro a jornalistas.

"Esse é o ponto fundamental. Temos uma meta e vamos cumprir."


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