O setor público consolidado brasileiro registrou deficit primário de R$ 21,259 bilhões em setembro, abaixo do esperado, somando em 12 meses saldo negativo de 2,35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgou o Banco Central nesta segunda-feira (30).
A expectativa para setembro era de rombo primário de R$ 23,25 bilhões, com dívida líquida de 50,8% do PIB, segundo pesquisa da Reuters.
O governo central (governo federal, BC e Previdência) teve déficit primário de R$ 22,227 bilhões no mês.
Por sua vez, governos regionais (Estados e municípios) e empresas estatais ficaram no azul em R$ 776 milhões e R$ 191 milhões, respectivamente. Nos nove primeiros meses do ano, o deficit foi a R$ 82,110 bilhões, um pouco abaixo do saldo negativo em R$ 85,501 bilhões de igual período do ano passado.
A melhoria advém principalmente de superavit mais alto cravado por governos regionais, de R$ 17,619 bilhões, contra R$ 10,015 bilhões um ano antes. Já o governo central piorou suas contas no período, com rombo de R$ 100,875 bilhões de janeiro a setembro, sobre deficit de R$ 94,476 bilhões em igual etapa de 2016.
Em 12 meses, o deficit primário do setor público consolidado é de R$ 152,399 bilhões, equivalente a 2,35% do Produto Interno Bruto (PIB).
Para o ano, a meta para o setor público é de um rombo de R$ 163,1 bilhões, que inclui deficit de R$ 159 bilhões do governo central, de R$ 3 bilhões de estatais federais e de R$ 1,1 bilhão de Estados e municípios.
Este será o quarto resultado seguido no vermelho do país. Em setembro, a dívida líquida foi a 50,9% do PIB, ante estimativa de analistas de 50,8%, e um patamar de 50,2% em agosto.
Já a dívida bruta subiu a 73,9% do PIB em setembro, contra 73,7% no mês anterior.
O movimento se deu apesar do BNDES ter antecipado o pagamento de R$ 33 bilhões ao Tesouro Nacional, num movimento que diminuiu a dívida bruta.