Folha de S. Paulo


Colômbia encerra contrato com Odebrecht para projeto fluvial

Paulo Pinto/CBJ
A judoca Stefannie Arissa Koyama, que disputará o Mundial de Budapeste pela seleção brasileira
Rio Magdalena, na Colômbia, onde consórcio da Odebrecht faria recuperação da navegabilidade

A Colômbia encerrou um contrato US$ 850 milhões com o consórcio Navelena, liderado pela Odebrecht, para a recuperação da navegabilidade do rio Magdalena, informou o governo colombiano na quinta-feira (12), acrescentando que irá lançar uma nova licitação e transferir a obra para outra empresa.

"Estamos cumprindo com o país ao assinar no dia de hoje esta liquidação tão esperada do contrato com o Navelena, para poder, assim, avançar com a decisão da transferência para um novo projeto de recuperação do nosso rio Magdalena", disse a jornalistas Alfredo Varela De la Rosa, diretor da agência responsável pela administração do Rio, a Cormagdalena.

O governo da Colômbia havia declarado o contrato nulo em abril, mas só conseguiu assinar o ato de liquidação bilateral quase seis meses depois.

A anulação do contrato foi determinada depois que a Odebrecht, que tinha 8% do consórcio Navelena, não conseguiu apresentar garantias financeiras para desenvolver o projeto nem transferir sua participação para outra empresa, em meio a acusações de corrupção na Colômbia e em outros países da América Latina após a deflagração da operação Lava Jato no Brasil.

Na Colômbia, a Odebrecht é acusada de ter feito pagamento de propina de mais de US$ 27 milhões para a obtenção de contratos públicos, o que levou à prisão ex-funcionários públicos e políticos, além de ter respingado nas campanhas do presidente Juan Manuel Santos em 2010 e em 2014.


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