Professores do curso de pós-graduação de História Econômica da USP criticaram os métodos de avaliação da Capes, que atribuiu ao curso de doutorado da instituição a nota dois.
As notas da agência vão de um a sete, sendo que seis e sete são atribuídas aos cursos considerados excelentes.
Notas um e dois são consideradas abaixo dos padrões mínimos e têm como consequência o descredenciamento. Programas descredenciados não podem fazer matrículas, mas têm a obrigação de titular os alunos até que a última turma se encerre.
Os professores e coordenadores afirmam que a avaliação é "distorcida" e argumentam que os critérios privilegiam áreas de exatas.
"Critérios marcadamente quantitativos da Capes ignoram a alta qualidade de nossas disciplinas, de nossos docentes e de suas publicações", afirma o texto divulgado pela coordenação.
A nota atribuída ao programa ainda não é final. A coordenação está preparando um recurso que precisa ser submetido à agência até o dia 20 de outubro.
O programa de História Econômica da USP foi um dos primeiros do país e é único na área. Entre antigos docentes estão o historiador francês Fernand Braudel e o brasileiro Caio Prado Júnior.