Folha de S. Paulo


Safra 2017/18 do Brasil deve cair com clima menos favorável, diz Conab

Mauro Zafalon - 4.abr.2017/Folhapress
CANARANA, MT, 04.04.2017: AGRICULTURA-MT - Colheita de soja em Canarana (MT). (Foto: Mauro Zafalon/Folhapress)
Colheita de soja em Canarana (MT)

A produção de grãos e oleaginosas pelo Brasil na safra 2017/18 poderá cair de 4,3% a 6% ante o ciclo anterior, refletindo a perspectiva de condições climáticas não tão favoráveis como as da temporada 2016/17, projetou nesta terça-feira (10) a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).

Em seu primeiro levantamento para a nova safra, o órgão estimou que a produção varie de 224,17 milhões a 228,20 milhões de toneladas.

"Condições climáticas altamente favoráveis contribuíram para a safra passada alcançar recorde histórico. Tais condições dificilmente se repetirão, por isso a expectativa de redução produtiva", disse a Conab.

"A produtividade deve sofrer redução para praticamente todas as culturas", completou.

SOJA E MILHO

De acordo com a Conab, soja e milho continuam sendo como as principais culturas do país e devem responder por cerca de 89% do total produzido no Brasil.

A expectativa é de que a produção de soja alcance entre 106 milhões e 108 milhões de toneladas, queda de 7,1% ou de 5,1% em relação a 2016/17, quando o Brasil colheu um recorde de 114,07 milhões de toneladas.

A área plantada com a oleaginosa deve alcançar um novo recorde e variar de 34,46 milhões a 35,20 milhões de hectares, avanço de 1,6% ou de 3,8% sobre 2016/17.

Quanto ao milho, a Conab prevê uma produção total de até 93,60 milhões de toneladas, queda de 4,3%, sendo 26,43 milhões de toneladas para a primeira safra, colhida no verão, e as outras 67,17 milhões de toneladas para a "safrinha", cuja colheita se dá no inverno.

Já a área total com milho deve alcançar até 17,25 milhões de hectares, recuo de 1,9%..

"A área para milho primeira safra, que sofre a concorrência do cultivo de soja, deve ser reduzida entre 10,1% a 6,1% em relação a 2016/2017. Já a soja, que vem oferecendo maior liquidez e possibilidade de melhor rentabilidade frente a outras culturas, deve alcançar maior área para produção, com um incremento médio de cerca de 2,7% comparado à safra passada", destacou a Conab.


Endereço da página: