As vendas de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus novos no Brasil em setembro caíram 8% em comparação a agosto, para 199.227 unidades, refletindo menor número de dias úteis no mês, afirmou nesta terça-feira (3) a associação de concessionárias de veículos, Fenabrave.
Na comparação com setembro de 2016, contudo, houve alta de 24,5% nas vendas, de acordo com a entidade.
"Esperamos voltar ao nível de 200 mil unidades vendidas por mês em outubro, novembro e dezembro", disse a jornalistas o presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.
A associação estima que em 2017 as vendas somem 3,139 milhões de unidades em todos os segmentos —alta de 2,2% em relação a 2016. Anteriormente, a Fenabrave esperava uma expansão de 3,1%, mas revisou a projeção para baixo.
De janeiro a setembro, foram emplacados 1,62 milhão de unidades de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus, número 7,4% maior em relação ao mesmo período de 2016.
CARROS E COMERCIAIS LEVES
Considerando apenas automóveis e comerciais leves, foram comercializadas 193.580 unidades em setembro, queda de 7,8% sobre agosto, mas alta de 24,9% ante o volume apurado no mesmo mês de 2016.
O bom desempenho no segmento levou a associação a revisar as projeções de vendas totais no ano para alta de 9,9%, ou 2,183 milhões de unidades, ante 2,4% anteriormente.
"Estamos vendo a volta da confiança, quer seja do investidor quanto do consumidor", disse o presidente da federação, Alarico Assumpção Júnior. Ele acrescentou, contudo, que apenas 3 a cada 10 pedidos de financiamento estão sendo aprovadas. "Só quem pode pagar está tendo crédito aprovado, mas qualidade da carteira melhorou", afirmou.
O segmento de automóveis e comerciais leves liderava as vendas totais nos nove primeiros meses deste ano, com participação de 66,9%, superior ao percentual de 61,3% observado no mesmo período de 2016.
CAMINHÕES E ÔNIBUS
As vendas de caminhões e ônibus somaram 5.647 unidades em setembro –recuo de 15,3% em relação ao mês anterior, mas expansão de 13,4% em relação a setembro do ano passado.
A previsão de vendas totais no ano para a categoria foi revisada para pior: de uma alta de 3,15%, o número foi alterado para aumento de 0,13%.
Os caminhões foram responsáveis por 1,5% das vendas realizadas entre janeiro e setembro deste ano. Os ônibus, por sua vez, representaram 0,5% no mesmo período.