Folha de S. Paulo


Cubo, espaço de start-ups mantido pelo Itaú, vai quadruplicar em 2018

Sergio Moraes/Reuters
Uma mulher passa por uma filial do banco Itaú no Rio de Janeiro. 29/01/2014 REUTERS/Sergio Moraes
Itaú vai mudar Cubo de endereço para ter mais espaço

O Cubo, espaço para start-ups mantido pelo Itaú em parceria com o fundo de capital de risco Redpoint eVentures, irá mudar de endereço e quadruplicar de tamanho no próximo ano.

Atualmente, o espaço abriga 52 start-ups em um prédio de cinco andares na Vila Olímpia, em São Paulo.

Ele irá se mudar para novo prédio no mesmo bairro, com capacidade para 210 empresas. Serão 12 andares e a área total irá de 5.000 metros quadrados para 20 mil metros quadrados.

O anúncio vem em momento de aumento do interesse das grandes empresas por maior relacionamento com start-ups.

Na semana passada, o Bradesco anunciou planos de lançar no final deste ano um prédio para, assim como o Cubo faz há dois anos, reunir start-ups e profissionais da área de pesquisa e desenvolvimento de grandes empresas.

Ricardo Guerra, diretor-executivo do Itaú, diz que a decisão pela expansão foi tomada em março, após a avaliação de que a iniciativa havia amadurecido e existe uma demanda reprimida de start-ups de qualidade interessadas em entrar no espaço.

A empresa optou por ampliar o local, em vez de abrir novos espaços, por considerar que a união de pessoas em um mesmo lugar é um fator de aumento da realização de negócios entre elas.

"O valor que o Cubo gera é de as pessoas estarem no mesmo espaço físico, poderem se encontrar para um objetivo comum", diz Guerra.

Também será possível manter start-ups no espaço por mais tempo, diz Flávio Pripas, diretor do Cubo. Hoje, quando a empresa cresce e chega a cerca de 20 funcionários, os escritórios começam a ficar pequenos para elas, explica.

Guerra diz que o novo Cubo deverá ter start-ups selecionadas por outras grandes empresas parceiras, que vão olhar para novas tecnologias e tendências a serem anunciadas em breve.

A ideia é priorizar nessas seleções setores ainda menos maduros, nos quais é mais difícil encontrar start-ups preparadas para passar pela seleção do Cubo, que envolve ter produto no mercado e primeiros clientes, por exemplo.

Guerra também diz que o Cubo trará novos serviços para empreendedores e buscará parcerias com universidades.

Atualmente o Cubo mantém parceria com 12 empresas, parte delas com espaços próprios dentro dele. Serão buscadas novas parcerias com a ampliação.

Para chegar às 52 start-ups residentes atuais, foram avaliadas cerca de 850 iniciativas.

As start-ups pagam cerca de R$ 1.000 por profissional.


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