Folha de S. Paulo


8 em cada 10 trabalhadores sacaram dinheiro do FGTS inativo, diz Caixa

A Caixa Econômica Federal informou nesta segunda-feira (7), durante divulgação do balanço final das contas inativas do FGTS, que as retiradas somaram R$ 44 bilhões entre 10 de março e o prazo final, 31 de julho.

O número superou a expectativa inicial do banco —em fevereiro, a projeção era que a medida permitiria injetar R$ 40 bilhões na economia.

Ou seja, 88% do montante passível de saque foi retirado pelos trabalhadores.

De acordo com o banco, 25,9 milhões de trabalhadores foram beneficiados pela medida, ou 79% do universo de 32,7 milhões de pessoas com recursos em contas inativas.

Os trabalhadores que possuíam até R$ 100 em conta foram os que menos foram às agências para sacar o Fundo: 44% não retiraram o dinheiro. Em seguida vieram os que possuem entre R$ 100,01 e R$ 500: 26,4% dessas pessoas não realizaram o saque.

ATUALIZAÇÃO

Em um primeiro momento, a Caixa informava que o total de recursos passíveis de saque era de R$ 43,6 bilhões, mas a própria possibilidade de retirada fez os trabalhadores atualizarem suas contas, o que elevou esse montante para R$ 49,8 bilhões.

O mesmo ocorreu com o total de trabalhadores com recursos que podiam ser sacados: o número subiu de 30,2 milhões de pessoas para 32,7 milhões.

QUEM AINDA PODER SACAR

Occhi descartou a possibilidade de o prazo ser reaberto para aqueles que não sacaram, com exceção dos que não puderam retirar o FGTS por motivo de força maior, como grave moléstia ou prisão.

"Não há nenhuma possibilidade de prorrogação. Está descartado. O governo já fez um grande gesto, teve uma grande atitude", disse.

Presos e portadores de doenças graves que não conseguiram comparecer a uma agência da Caixa têm mais tempo para sacar o dinheiro das contas inativas do FGTS.

Quem se enquadrar nas condições terá até 31 de dezembro de 2018 para resgatar os valores, desde que apresente comprovante que justifique a impossibilidade de comparecer a uma agência no período de 10 de julho a 31 de julho para solicitar o saque.

No caso do portador de doença grave, a Caixa exige um atestado médico que comprove a impossibilidade de comparecimento a uma agência.

Já o preso deve apresentar uma certidão obtida junto à Vara de Execução Penal, Vara de Execução Criminal ou juízo responsável que decretou a prisão. O documento também pode ser expedido pela autoridade da unidade prisional que custodiou o titular da conta.

Se houve algum problema na Caixa, o trabalhador poderá receber depois do prazo se tiver feito o pedido até o fim do prazo. Depois, a Caixa terá mais um mês para solucionar o problema.

Os outros trabalhadores que perderem o prazo não poderão sacar o dinheiro após o prazo. Segundo a Caixa, os créditos que não forem retirados permanecem nas contas do FGTS dos titulares. O dinheiro só poderá ser resgatado caso sejam atendidas algumas regras —como em casos de doenças graves ou demissão sem justa causa.

FGTS


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