Folha de S. Paulo


Irmãos Batista fecham venda da Vigor para mexicanos por R$ 5,7 bilhões

Zanone Fraissat -29.ago.2013/Folhapress
SAO PAULO/SP-BRASIL,29/08/13 wesley Batista (esq) e Joesley Batista (dir), donos da friboi na cerimonia de entrega do premio as Melhores da Dinheiro 2013 no Credicard Hall.(Foto: Zanone Fraissat /MONICA BERGAMO)
Os irmãos Wesley e Joesley Batista

O grupo mexicano Lala anunciou nesta quinta-feira (3) que acertou a compra da Vigor, que pertence à holding J&F (dona da JBS), em um negócio avaliado em R$ 5,7 bilhões.

O negócio é parte do programa de venda de ativos do grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da maior parte das ações da Vigor.

Segundo Scot Rank, presidente-executivo do Grupo Lala, a Vigor será uma plataforma de crescimento para a empresa no Brasil.

"A Vigor tem a escala, inovação e talento necessários para construir um negócio rentável de laticínios de valor agregado."

O negócio depende agora da aprovação da assembleia de acionistas da companhia mexicana.

O objetivo dos Batista é levantar pelo menos R$ 15 bilhões nos próximos meses, para abater parte dos R$ 70 bilhões em dívidas de suas empresas.

Sozinha, a Vigor tem cerca de R$ 900 milhões em dívidas.

Além de reduzir o endividamento, a empresa busca dinheiro para arcar com as parcelas da multa de R$ 10,3 bilhões prevista no acordo de leniência fechado com as autoridades

Antes da Vigor, a Alpargatas foi vendida à Itaúsa, que administra as fortunas das famílias Setubal e Villela, controladoras do Itaú Unibanco, e a Cambuhy, veículo de investimentos da bilionária família Moreira Salles, também acionista dos banco. A companhia fabrica as sandálias Havaianas.

A Eldorado Celulose, outra empresa da J&F, também está à venda, assim como as operações da Moy Park e da Five Rivers, empresas de confinamento e alimentação de gado, e linhas de transmissão de energia do grupo dos Batista.

Na segunda (31), a JBS anunciou que fechou a venda de suas operações de processamento de proteína animal na Argentina, no Paraguai e no Uruguai para a concorrente brasileira Minerva, pelo valor de US$ 300 milhões (R$ 1 bilhão).


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