Folha de S. Paulo


Aluguel que vence em agosto também pode ficar mais barato

Os contratos de aluguel que vencem em agosto poderão ficar mais baratos, ao invés de subirem de preço.

Isso ocorre porque o indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) fechou os últimos 12 meses até julho em queda de 1,66%.

Como exemplo, um aluguel mensal de R$ 2.000 que vence em agosto passaria a ser de R$ 1.966,80.

Segundo o SecoviSP, sindicato do setor imobiliário, o proprietário é obrigado a reduzir o valor do aluguel se o índice definido para o reajuste for o IGP-M, o que ocorre com a maioria dos contratos. No entanto, a entidade recomenda que haja uma negociação entre inquilino e proprietário.

De julho de 2015 a dezembro de 2016, os novos contratos de aluguel reduziram de preço, segundo o Secovi-SP. Isso serviu de motivo para que moradores antigos de imóveis pedissem para não aplicar o reajuste anual de inflação sobre o valor pago mensalmente ao proprietário.

O mesmo ocorreu com contratos vencidos, que poderiam ter aumento de preço na renovação.

Nesses casos, o SecoviSP sugere que não haja redução de preço, mas manutenção do valor pago atualmente.

É o segundo mês consecutivo de queda do indicador. No mês passado, o IGP-M em 12 meses registrou queda de 0,78%. Entre 2009 e 2010, o índice acumulou sete meses seguidos de baixa, reflexo da crise econômica mundial.

vídeo inflação

MÊS

O IGP-M, indicador de inflação usado para reajustar a maioria dos contratos de aluguel, recuou 0,72% em julho, registrando a quarta deflação seguida, informou nesta sexta-feira (28) a FGV (Fundação Getulio Vargas).

A deflação de julho foi um pouco mais intensa do que previam os analistas consultados pela Reuters. A estimativa era de queda de 0,65%.

IGP-M - Em %

O resultado de julho foi influenciado sobretudo pelo avanço mais brando do INCC (Índice Nacional de Custo da Construção). Neste mês, o índice desacelerou a alta a 0,22%, ante 1,36% em junho, pelo alívio no custo da mão de obra.

O item que apura o custo da mão de obra subiu 0,37% em julho, bem abaixo dos 2,48% observados no mês anterior. Em 12 meses, INCC já subiu de 6,47%.

Os dados deste mês também mostram que o IPA (Índice de Preços ao Produtor Amplo), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do indicador geral, teve queda de 1,16% em julho, ante recuo de 1,22% em junho. Em 12 meses, o IPA recuou 4,33%.

Já a pressão para o consumidor aumentou. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor), com peso de 30% no IGP-M, avançou 0,04% no período, ante queda de 0,08% em junho. Nos 12 meses até julho, o IPC subiu 3,23%.

A principal contribuição para o avanço veio do grupo habitação, que saiu de uma deflação de 0,02% para uma alta de 0,46%.


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