Folha de S. Paulo


Leitores da Folha são contrários à reforma da Previdência

Os leitores da Folha rejeitam a reforma da Previdência proposta pelo governo Michel Temer e estão divididos em relação à reforma trabalhista. A oposição às mudanças no INSS, contudo, é menor do que a observada na população brasileira.

Enquanto 71% dos brasileiros são contra a reforma da Previdência, entre o leitorado do jornal esse percentual cai para 60%, segundo pesquisa Datafolha realizada do dia 13 ao 15 de junho.

A principal mudança criticada pelos leitores é o tempo mínimo de 40 anos de contribuição para ter acesso à aposentadoria integral —62% se declaram contra essa regra.

REFORMA TRABALHISTA - Opinião dos leitores da Folha, em %

Reforma da Previdência -

A maior parte do leitorado acredita que policiais e trabalhadores rurais devem ter regras para aposentadoria diferentes da geral. Essas categorias hoje seguem regras mais brandas para se aposentar —diferenciação mantida na reforma.

Já em relação aos professores, os leitores se dividem: 49% defendem regras iguais, enquanto 49% apoiam regras diferentes. A posição contrasta com a da população geral, que aprova a inclusão dos docentes na regra geral.

Os dois públicos convergem na oposição a exigências diferentes para militares: 58% dos leitores e da população geral defendem que os militares sigam as mesmas regras que o restante dos trabalhadores. A categoria foi excluída da proposta enviada por Temer ao Congresso.

REFORMA TRABALHISTA

Os leitores se dividem em relação à proposta de alterações na legislação trabalhista, já aprovada na Câmara e em tramitação no Senado: 52% se declaram contrários, enquanto 45% são a favor.

A visão de que os trabalhadores terão menos direitos caso a reforma seja aprovada é mais comum entre o leitorado da Folha do que entre a população em geral (62% ante 58%). Os dois grupos também concordam que a proposta trará mais benefícios para empresários do que para trabalhadores.

Já um terço dos leitores acredita que a proposta trará benefícios para os dois grupos na mesma medida —visão mais comum do que entre os brasileiros em geral.

Também é mais comum entre o leitorado a opinião de que é melhor que empresários e trabalhadores negociem e definam entre eles as condições de trabalho, como jornada diária —44% concordam com essa posição.

O fim da contribuição sindical, um dos pontos mais polêmicos do projeto, é apoiado por 65% dos leitores e rejeitado por 30%. A posição diverge da população em geral, que se mostra dividida nesse quesito, com 44% a favor da extinção do chamado imposto sindical e 46% contra.


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