Folha de S. Paulo


Petroleira criada por Eike conclui recuperação judicial

Ricardo Moraes/Reuters
Brazilian billionaire Eike Batista (L), CEO of EBX Group, gestures to the audience during a ceremony in celebration of the start of oil production of OGX, his oil and gas company, at the Superport Industrial Complex of Acu in Sao Joao da Barra in Rio de Janeiro in this April 26, 2012 file photo. As Batista's EBX industrial empire crumbles, it increasingly resembles his most visible accomplishment, the Port of Acu. In other words, a pile of sand in the middle of a swamp. To build the $2 billion iron ore and oil terminal, shipyard and industrial park 300 kilometers (190 miles) north of Rio de Janeiro, the world's largest dredging ship cut through the beach and dug 13 kilometers (8 miles) of docks out of dune and marsh. To keep tenants dry, the sandy waste is being piled as much as 15 meters over the surrounding flood plain. Picture taken April 26, 2012. To match Analysis BRAZIL-BATISTA/ REUTERS/Ricardo Moraes/Files (BRAZIL - Tags: ENERGY BUSINESS) ORG XMIT: RJO89 ***FOTO EM ARTE E NÃO INDEXADA***
Eike Batista comemora início da produção da OGX, em 2012

Criada pelo empresário Eike Batista há dez anos como carro-chefe de seu império empresarial, a petroleira OGX anunciou que concluiu seu processo de recuperação judicial, iniciado em 2013 após a frustração com a busca por reservas de petróleo no país.

A empresa disse que considera que todos os passos da recuperação foram concluídos com sucesso e solicitou à 4ª Vara Empresarial do Rio que encerre o processo. As ações da empresa subiram 34,7% nesta sexta-feira (2), valendo R$ 1,32.

Quando pediu recuperação judicial, a OGX tinha dívidas de R$ 13,8 bilhões e contratos para a construção de plataformas –que nunca seriam usadas por falta de petróleo em suas concessões. A crise da empresa derrubou também a OSX, criada por Eike para construir e alugar as plataformas para a petroleira.

No pior momento, as ações da OGX chegaram a custar pouco mais de R$ 0,10. Após o pedido de recuperação, os credores trabalharam para tirar o fundador do comando.

Em 2016, um aumento de capital transformou as dívidas em ações da companhia. Em prisão domiciliar, acusado de pagar propina ao ex-governador do Rio Sergio Cabral, Eike (que nega a acusação) é hoje sócio minoritário da empresa, por meio da Óleo e Gás Participações (OGPar).

Quando lançou a petroleira, ele costumava vender o projeto como "a nova Petrobras". Em 2008, desembolsou R$ 1,4 bilhão para comprar participação em 21 áreas exploratórias em leilão promovido pelo governo.

Hoje, a OGX produz apenas em Tubarão Martelo, na bacia de Campos, de onde extrai cerca de 8.000 barris de petróleo por dia. No primeiro trimestre de 2017, a companhia teve prejuízo de R$ 55 milhões.

Como Eike acabou preso?


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