Folha de S. Paulo


Endividado, Hopi Hari fecha as portas por pelo menos um mês

O parque de diversões Hopi Hari, em Vinhedo (interior de São Paulo), deve fechar as portas por pelo menos um mês.

No último domingo (14), os funcionários foram avisados de que receberiam uma licença remunerada por 30 dias.

A empresa afirmou que quem já comprou ingressos pode pedir reembolso ou trocar o "passaporte" por um novo, com prazo de validade até 31 de dezembro.

O estabelecimento anunciou na sexta-feira (12) que iria fazer uma "pausa" em suas atividades, sem previsão de quando voltaria a funcionar. Neste fim de semana, visitantes que compraram ingressos se depararam com os portões fechados.

As dívidas do Hopi Hari somam mais de R$ 400 milhões. Entre os credores, estão o BNDES, a Prefeitura de Vinhedo e a CPFL Energia, que cortou a luz do parque em 10 de abril —nos fins de semana seguintes, o local funcionou com gerador.

O parque entrou com um pedido de recuperação judicial em agosto de 2016, que ainda não foi aprovado. O novo dono, José Luiz Abdalla, adquiriu o controle acionário da companhia em dezembro de 2016, com a promessa de construir um complexo hoteleiro com 1.200 apartamentos e um centro de convenções no local.

De acordo com o processo de recuperação que tramita na comarca de Vinhedo, a empresa deve mais de R$ 8 milhões em créditos trabalhistas. Em janeiro do ano passado, os funcionários do parque protestaram contra o atraso nos salários.


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