Folha de S. Paulo


Após dois anos em recessão, economia cresceu 1,12% no 1º trimestre, diz BC

Marcelo Justo - 27.mar.2012/Folhapress
TANGARÁ DA SERRA, MT, BRASIL, 27-03-2012, 14h30: Colheita do final da safra de soja na fazenda Morro Azu, do grupo A. Maggi, que fica há 70 km do centro de Tangará da Serra, no Mato Grosso. A colheita foi realizada com 17 colheitadeiras Case II, e, segundo os administradores do grupo A. Maggi, a safra atual deu 60 sacas por hectare num total de 39.400 mil hectare plantado. (Foto: Marcelo Justo/Folhapress)
Expectativa de safra agrícola recorde impulsionou aumento da atividade econômica

Influenciado pela expectativa de safra agrícola recorde, o indicador do Banco Central que mede a atividade econômica cresceu 1,12% no primeiro trimestre em relação aos três últimos meses do ano passado, mostram dados divulgados nesta segunda-feira (15).

É o primeiro crescimento para qualquer trimestre desde os últimos três meses de 2014, quando o IBC-br subiu 0,21%.

Em março, porém, o indicador caiu 0,44% na comparação com fevereiro –o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já havia afirmado que o movimento era esperado para o período.

Índice de atividade econômica - Série com ajuste sazonal. Comparação com o mês anterior, em %

Em fevereiro, o indicador cresceu 1,37% em relação ao mês anterior, acima do que era esperado pelo mercado. Em janeiro, houve alta de 0,36% na comparação com dezembro de 2016.

Conhecido como IBC-Br, o índice incorpora projeções para serviços, comércio, indústria e agropecuária, bem como o impacto dos impostos sobre os produtos.

O IBGE está esperando uma safra de grãos mais de 26% maior do que a do ano passado, expectativa que foi revisada para cima diversas vezes. Esse foi o principal determinante no crescimento do trimestre.

Além disso, no início do mês passado o IBGE alterou sua metodologia para as pesquisas de comércio e serviços para medir a atividade com mais precisão, o que teve impacto positivo nos dados.

A mudança ocorreu porque o peso da amostra das empresas que participam das pesquisas do IBGE foi redistribuído. Em vez de seguir usando como referência para essa base o ano de 2011, o instituto atualizou os dados para 2014.

A avaliação de economistas é que, após longo período de crise, a atividade começa a se estabilizar, com recuperação em alguns segmentos.


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