Folha de S. Paulo


Doria diz que vai cortar ponto de funcionários que aderirem à greve

Eduardo Knapp/Folhapress
Sao Paulo, SP, BRASIL, 08-04-2017: Entrevista exclusiva para a FOLHA com o Prefeito de Sao Paulo, Joao Doria -PSDB, na sede da Prefeitura. Com popularidade em alta, Doria completa 100 dias de gestao no cargo de Prefeito (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress, COTIDIANO).
Prefeito de São Paulo, João Doria

O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta terça-feira (25) que vai cortar o ponto de funcionários da prefeitura que aderirem ao movimento de greve previsto para esta sexta-feira (28).

Os movimentos sociais e centrais sindicais convocaram uma greve geral nacional contra a reforma da Previdência e mudanças na legislação trabalhista propostas pelo governo Michel Temer.

"Eu não apoio esse movimento. Já disse que, na Prefeitura de São Paulo, funcionários públicos que participarem, vão ter seu ponto cortado", afirmou Doria em entrevista à Super Rádio AM. "Se não trabalhar, vai ter um dia a menos no seu salário."

O tucano defendeu que as reformas são necessárias para a geração de empregos.

Doria ainda classificou a legislação trabalhista de "arcaica". "Não pode uma legislação da década de 40 estar ativa no século 21. É um atraso, um retrocesso. Por isso que muitos empregos são perdidos ou não são gerados", disse.

"NÃO É POSSÍVEL UM BRASIL SINDICALISTA"

Nesta segunda (26), Doria já havia criticado os movimentos sindicalistas contrários às reformas propostas pelo governo federal. "Não é possível imaginar um Brasil sindicalista, um Brasil protecionista. Acabou esse tempo," afirmou ontem no evento "Mitos e Fatos" voltado para empresários, promovido pela rádio Jovem Pan.

Segundo o tucano, "vozes populistas, mentirosas" estão prometendo "o que não podem e o que não farão".

De acordo com Doria, a "minoria ruidosa quer e defende o passado". "O passado passou. E graças a Deus que passou, senão teriam destruído o Brasil. Se não fosse o juiz Sergio Moro e a Lava Jato, o Brasil estaria destruído hoje. É outro tempo. E, neste tempo, é preciso seguir as mudanças e as transformações."


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