Movimentos sociais e centrais sindicais realizaram protestos em capitais brasileiras nesta sexta-feira (31).
Eles protestaram contra a proposta de reforma da Previdência do governo Michel Temer (PMDB) e a regulamentação da terceirização aprovada pela Câmara dos Deputados e sancionada nesta noite pelo presidente.
Em São Paulo, o ato começou na avenida Paulista durante a tarde e manifestantes marcharam até a Praça da República, no centro da cidade.
Durante o ato, o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas, criticou o projeto de terceirização e prometeu pressionar deputados e transformar "a vida deles em um inferno" caso tirem direitos dos trabalhadores.
Ao final do protesto, as centrais sindicais anunciaram a convocação de uma greve geral para o dia 28 de abril.
Em Belo Horizonte, ato convocado pelas centrais sindicais partiu em direção ao centro depois de deixar a Assembleia Legislativa.
O movimento reuniu milhares de pessoas e ocupou somente uma das faixas das avenidas pelas quais passou, até chegar à Praça da Estação, na região central.
Em Curitiba, a maior mobilização ocorreu pela manhã, na Assembleia Legislativa, onde uma audiência pública debateu a reforma da Previdência e reuniu centenas de militantes e sindicalistas.
Políticos convidados, entre eles, os senadores Roberto Requião (PMDB-PR), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Paulo Paim (PT-RS) e o ex-ministro da Previdência Carlos Gabas, protestaram contra a proposta, a gritos de "Fora, Temer" e "Não aceitaremos nenhum direito a menos",
Durante a tarde, a manifestação na capital paranaense reuniu centenas de pessoas na praça Carlos Gomes, no centro.
No Rio de Janeiro, manifestantes se dirigiram à Cinelândia e às escadarias da Câmara e do Theatro Municipal.
Grupos de anarquistas participaram do protesto, criticando a Polícia Militar e o presidente Michel Temer. Ao final, manifestantes fizeram uma fogueira em frente ao Theatro Municipal.
As manifestações foram pacíficas e não foram registrados confrontos entre os participantes e policiais.
PROFESSORES
Mais cedo, professores de alguns dos principais colégios da elite paulistana deram aulas vestindo preto, com números de fita adesiva colados às roupas.
A iniciativa partiu de um grupo de professores que se organizam de forma descentralizada desde 2014, quando a terceirização começou a ser discutida no Congresso.
Fazem parte docentes dos colégios Santa Cruz, Oswald de Andrade, Equipe, Escola da Vila, Escola Viva, Ofélia Fonseca e Nossa Senhora das Graças, entre outros.