O IPCA-15, prévia da inflação oficial do país, desacelerou em março e ficou abaixo de 5% no acumulado em 12 meses, informou o IBGE nesta quarta-feira (22).
Em março, o indicador avançou 0,15%, após alta de 0,54% em fevereiro. Foi o menor nível para março desde 2009, quando a taxa foi de 0,11%.
No ano, o avanço é de 1%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula avanço de 4,73%. O centro da meta estabelecida pelo Banco Central para o IPCA é de 4,5%.
O dado confirma a tendência de inflação comportada e abaixo do centro da meta do Banco Central, o que pode levar a autoridade monetária a promover um corte mais acentuado da taxa básica de juros na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em abril.
Inflação - Índice de variação de preços medido pelo IPCA-15, em %
O grupo Educação foi o principal responsável pela desaceleração do índice na comparação mensal, depois de impactar em fevereiro o IPCA-15 por causa dos reajustes das mensalidades escolares.
Dois grupos aceleraram na comparação mensal: habitação passou de 0,18% para 0,64%, e vestuário saiu de -0,31% para -0,02%. Em habitação, a alta foi pressionada por energia elétrica, com avanço de 2,45% —o item representou 53% do IPCA-15 em março.
O grupo alimentos recuou 0,08%, com alguns produtos ficando mais baratos na passagem de fevereiro para março. Destaque para o feijão-carioca, cujos preços caíram 10,36%, o feijão-preto (-8,27%), frango (-2,39%) e carne (-1,31%).
Em transportes, houve queda de 0,16%, com influência da redução dos preços de combustíveis (-1,34%) e também pela diminuição de 9,71% em passagens aéreas.