Folha de S. Paulo


Google pede desculpas por anúncios exibidos ao lado de vídeos ofensivos

brionv/Flickr
Placa com logo do Google no exterior da cafeteria da empresa nos EUA
Placa com logo do Google no exterior da cafeteria da empresa nos EUA

O Google se desculpou nesta segunda-feira (20) por permitir que anúncios publicitários apareçam juntamente a vídeos ofensivos no YouTube.

Empresas como Marks & Spencer e HSBC, assim como o governo britânico, tiraram as campanhas de sites do Google após propagandas do setor público aparecerem junto de vídeos contendo mensagens homofóbicas e antissemitas, desencadeando uma onda de processos judiciais.

O mercado britânico é o maior do Google, da holding Alphabet, fora dos Estados Unidos, gerando US$ 7,8 bilhões principalmente com anúncios publicitários em 2016, ou quase 9% da receita global da gigante norte-americana.

"Eu gostaria de me desculpar com os parceiros e anunciantes que foram afetados pelos seus anúncios aparecendo em conteúdo controverso", disse o presidente do Google para Europa, Oriente Médio e África, Matt Brittin, durante o evento anual Advertising Week Europe, em Londres.

Marcas britânicas renomadas e algumas das maiores empresas de publicidade responsáveis por colocar vasta quantia de material de marketing para os clientes disseram que estão reavaliando como trabalham com o Google.

O boicote é o mais recente episódio do embate entre as empresas de publicidade e gigantes de internet que construíram posições dominantes em propaganda digital ao oferecerem não só enormes audiências, mas também a capacidade de usar dados de usuários para elaborar anúncios mais focados e relevantes.

Para grandes grupos publicitários como a WPP, as empresas de internet são tanto cliente quanto concorrente, enquanto tradicionais empresas de mídia, incluindo jornais e sites, estão tendo que competir com elas.


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