Folha de S. Paulo


Opep diz que estoques de petróleo crescem, apesar de cortes de produção

A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) informou nesta terça-feira (14) que os estoques globais de petróleo continuaram a subir, apesar da implementação de um acordo para cortar o bombeamento.

O cartel elevou sua previsão para a produção em 2017 fora do grupo, sugerindo dificuldades para os esforços de enxugar a oferta mundial.

Em um relatório mensal, a Opep também apontou um aumento na adesão de seus membros ao acordo que entrou em vigor em 1º de janeiro, baseada em estatísticas que a entidade coleta de fontes secundárias.

Por outro lado, o relatório elevou a previsão de oferta de países de fora da Opep neste ano, incluindo as petroleiras que operam nas áreas de xisto dos EUA.

Enquanto fontes secundárias disseram que a produção da Arábia Saudita caiu em fevereiro, o país reportou à Opep que elevou o bombeamento.

Desde a semana passada, os preços internacionais do petróleo têm caído, refletindo o aumento dos estoques americanos da commodity.

O petróleo Brent, negociado em Londres, recua 1,64%, a US$ 50,51 o barril; em seis pregões, tem queda de quase 10%.

Em Nova York, o petróleo tipo WTI opera abaixo dos US$ 50 o barril desde a quinta-feira passada. Nesta terça-feira, perde 2,02%, a US$ 47,42, acumulando perda de 11% em sete sessões.

IRÃ

O Irã manterá sua produção de petróleo em 3,8 milhões de barris por dia (bpd) no segundo semestre de 2017, disse o ministro do Petróleo do país nesta terça-feira, desde que outros membros da Opep sigam o nível de produção acordado em novembro.

"Se os membros da Opep permanecerem comprometidos com o acordo (de congelamento da produção), o Irã produzirá 3,8 milhões de bpd de petróleo na segunda metade do ano", disse Bijan Namdar Zanganeh, segundo a agência de notícias estatal IRNA.

A Opep resolveu, em 30 de novembro, reduzir a produção em 1,2 milhão de bpd, para 32,5 milhões de bpd, nos primeiros seis meses de 2017. Outros produtores independentes, como Rússia, Omã e México, acordaram cortar em 558 mil bpd a produção.


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