A Opel, empresa que projetou a maior parte dos carros Chevrolet que circulam no Brasil, está prestes a deixar a GM (General Motors). A montadora fará parte do grupo francês PSA Peugeot Citroën, segundo pessoas que tem conhecimento do assunto.
O conselho de administração do grupo PSA aprovou o negócio, e um anúncio oficial deverá ser feito nesta segunda-feira (6).
As montadoras, que já compartilham a produção de utilitários esportivos e minivans em uma aliança europeia, confirmaram no mês passado que estavam negociando uma aquisição definitiva da Opel e da sua marca britânica Vauxhall pelo grupo francês.
Após reunião realizada no dia 20 de fevereiro, os presidentes das empresas envolvidas divulgaram comunicado dizendo que o interesse comum é recuperar a Opel.
"Carlos Tavares [presidente do grupo PSA] nos mostrou seu interesse pelo desenvolvimento duradouro da Opel/Vauxhall enquanto empresa independente. Nós, representantes dos funcionários da empresa, compartilhamos essa visão", disse Wolfgang Schäfer-Klug, presidente do conselho empresarial da Opel na Europa.
Quando o negócio se concretizar, a PSA aumentará sua participação no mercado europeu em seis pontos percentuais, para 16%, e superará a rival francesa Renault na vice-liderança do continente. O primeiro lugar na região é da Volkswagen, com 24%.
OPALA E MONZA
A Opel é conhecida dos brasileiros por meio de carros que carregam o logotipo Chevrolet – a empresa projetou a maioria dos veículos da montadora americana que circulam no país. O primeiro é o Opala (1968), que se chamava Opel Rekord no mercado europeu. Chevette, Monza, Corsa, Vectra, Omega e Zafira são alguns dos outros modelos nacionais desenvolvidos pela empresa europeia.
A origem dos produtos à venda no país mudou no início da década. A GM passou a apostar mais no design local e lançou o compacto Onix, atual líder de vendas no Brasil, além da minivan Spin e dos sedãs Cobalt e Prisma. O desenho da linha Cruze nasceu na Coreia do Sul.
Os planos de vender a Opel começaram há tempos. A ideia de poupar custos de desenvolvimento e construir carros globais -que ganhou força após a crise que se abateu sobre as grandes montadoras americanas na década passada- fez a GM encerrar diversas de suas marcas nos EUA. Restava resolver o que fazer com seu braço europeu.
A Opel não consegue obter lucro desde 1999. Desde então, têm dado prejuízo médio de US$ 1 bilhão por ano. Rivais da GM, a Ford e a FCA
Fiat Chrysler voltaram ao azul recentemente na Europa.
Com agências de notícias