Folha de S. Paulo


Saiba quais cuidados tomar antes de investir em fundos

Os fundos, em especial os de renda fixa, disputam com a poupança o papel de aplicação mais popular entre os pequenos investidores.

Parte disso se deve à relativa simplicidade de comprar cotas: não é preciso ter conta em corretora. Nos maiores bancos de varejo há opções disponíveis.

Outra alternativa são as distribuidoras independentes, que costumam cobrar taxas mais em conta.

Antes de comprar um fundo, o investidor precisa pesquisar o custo. Aqueles cuja aplicação inicial é baixa costumam ter taxas mais caras.

"Uma taxa de 2% é muito comum no mercado. Para cobrar mais, o gestor tem que mostrar que presta um serviço muito melhor do que os outros", afirma Michael Viriato, professor do Insper.

Isso acontece principalmente em fundos com gestão ativa, que são os que têm como meta superar o desempenho de um indicador de referência do mercado.

"O risco é maior, mas com isso se coloca uma pitada maior de retorno", diz Carlos Takahashi, consultor da gestora Blackrock no Brasil.

Por isso, uma taxa de administração elevada não é necessariamente ruim. Se o gestor fizer boas escolhas, pode dar retorno maior aos cotistas.

Retorno dos fundos

HISTÓRICO

Para saber se é o caso do fundo escolhido, vale analisar o histórico de rentabilidade –mesmo que retorno passado não signifique ganho futuro.

"O ideal é olhar uma performance de até uns cinco anos atrás", afirma o consultor de investimentos Marcelo D'Agosto.

Outra dica é observar as características do fundo. Aqueles com títulos com vencimento mais longo –dez anos ou mais– têm mais volatilidade que os com prazo menor.

Em cenário de queda de juros, isso não provocará grandes sustos ao investidor. Mas se as taxas voltarem a subir, pode ser que as cotas percam valor no curto prazo.


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