Folha de S. Paulo


Pesquisadores 'roubam' impressões digitais de fotos na rede

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Dedos de massinha enganam leitores de impressão digital. Um desenvolvedor de sensores demonstrou, no Congresso Mundial de Telefonia Móvel, em Barcelona, como dedos falsos podem enganar leitores de impressão digital de smartphones.
Dedos de massinha enganam leitores de impressão digital

Inocentes selfies desejando paz e amor ou celebrando uma vitória podem ser uma porta aberta para invasão de celulares e tablets, segundo estudo do Instituto Nacional de Informática japonês (NII).

Os pesquisadores conseguiram copiar as impressões digitais de pessoas a partir de fotos em que as pontas dos dedos apareciam bem iluminadas.

Para isso, eles utilizaram retratos tirados a 3 m de distância das mãos.

O estudo prova que até mesmo a identificação digital, tecnologia cada vez mais comum para desbloqueio de smartphones e uso de aplicativos bancários, pode ser violada.

A proliferação de fotos em redes sociais e a qualidade das câmeras de celular usadas para tirá-las facilitam ainda mais o caminho para pessoas mal-intencionadas.

Embora a operação possa parecer complexa, o roubo das digitais não exige domínio de uma tecnologia avançada, afirmou o pesquisador do NII Isao Echizen ao jornal japonês "Sankei Shimbun".

"O simples ato de casualmente fazer um sinal da paz em frente a uma câmera pode tornar impressões digitais facilmente acessíveis", disse Echizen.

O NII trabalha no desenvolvimento de uma película transparente de óxido de titânio para ser colocada nos dedos e esconder as digitais, sem, no entanto, prejudicar a identificação por celulares e tablets.


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