Folha de S. Paulo


Brasil fecha 117 mil vagas de trabalho com carteira assinada em novembro

Em novembro, a quantidade de demissões de vagas com carteira assinada superou as contratações em 116,7 mil, de acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho.

O mês passado foi o 20º mês consecutivo em que o país demitiu mais trabalhadores do que contratou. Analistas consultados pela Bloomberg esperavam fechamento de 72 mil vagas.

O saldo negativo foi melhor que o registrado em novembro do ano passado, quando as demissões superaram as contratações em 130,6 mil, o pior resultado para o mês na série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 1992.

A indústria de transformação, com a eliminação de 51,8 mil postos de trabalho, e a construção civil, com 50,8 mil vagas com carteira assinada a menos, foram os destaques negativos. Na indústria, segundo o Caged, a queda no número de postos de trabalho ocorreu principalmente em produtos farmacêuticos (redução de 12,2 mil postos de trabalho), alimentícios (8,4 mil vagas a menos) e de calçados (4 mil postos de trabalho a menos).

No acumulado do ano, foram perdidas em todos os setores acompanhados pelo Caged 858,3 mil vagas. Essa perda foi 2,16% menor do que o registrado de janeiro a novembro de 2015, de acordo com o Ministério do Trabalho.

Em 12 meses, o país acumula uma perda de 1,5 milhão de postos de trabalho formal.

Nesta quinta, o IBGE também divulgou a taxa de desemprego no país, que chegou a 11,9% e atingiu 12,1 milhões de brasileiros. A taxa foi a mais elevada já registrada da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

Taxa de desocupação - Por trimestre móvel, em %

COMÉRCIO

Assim como ocorreu em outubro, o comércio foi o único setor que gerou vagas com carteira assinada em novembro, com a geração de 58,9 mil postos de trabalho.

Esse aumento foi devido principalmente ao setor varejista, que gerou 57,5 mil desses postos de trabalho —dentro desse setor, os campões de geração de vagas foram vestuário e acessórios, supermercados, comércios de calçados e artigos para viagens.


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