Folha de S. Paulo


Em projetos de 'makers', aprendizado e sucesso entram na mesma conta

Rafael Arevalo, 29, conta ter diminuído as horas de sono desde que começou a se identificar com os "makers".

Formado em marketing, ele descobriu que poderia trabalhar com eletrônica ao ser apresentado ao Arduino (equipamento para criar dispositivos interativos com facilidade) em evento em espaço "maker" mantido por uma fabricante de energéticos.

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"No início, parecia que falavam grego comigo. Mas achei fenomenal. Comecei a comprar um monte de livros, a pesquisar no Google, fui para cima", diz.

Arevalo conta ter muitas ideias, mas dois projetos principais. O primeiro, chamado Cloud Garden, combina vaso com sensores de umidade e uma nuvem de plástico carregada com água para regá-lo automaticamente quando preciso.

O outro, chamado Tato, criado com o artista plástico Marcelo Pasqua, consiste na impressão de obras de arte em 3D com sensores em seu interior, para que elas deem informações históricas e técnicas ao serem tocadas pelo espectador.

"Acredito que a revolução pode vir de nossos quartos. Se os projetos derem certo, vou ter orgulho de dizer que começaram assim."

Outro "maker", o engenheiro Leandro Alvernaz, 33, diz que a busca por criar produtos lhe garante uma realização que só o emprego tradicional, como analista da qualidade na área de TI (tecnologia da informação), não traz.

Um de seus projetos é o desenvolvimento de um aparelho a ser conectado em carros para obter e organizar informações de interesse de motoristas e seguradoras, especialmente padrões de uso do veículo.

Trabalhando na ideia há dois meses, ele conta que um de seus sócios já teve bons resultados na instalação de um dispositivo desses, mas o que Alvernaz mesmo montou ainda precisa de ajustes.

"Às vezes você ganha, às vezes você aprende."


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