Folha de S. Paulo


Governo comemora, mas admite 'vitória menor' em aprovação do teto

O governo Michel Temer comemorou na noite desta terça-feira (25) a aprovação em segundo turno da proposta de tetos de gastos públicos, mas reconheceu que se tratou de uma "vitória menor" em função do placar obtido na Câmara dos Deputados.

Pelo mapa de votação esboçado pelo Palácio do Planalto no final de semana, a expectativa era conseguir pelo menos 375 votos. Na manhã desta terça-feira (25), o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a estimar 370 votos.

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O placar, contudo, foi de 359, inferior inclusive ao primeiro turno, quando a matéria foi aprovada por 366 votos. E o número de votos contrários à iniciativa aumentou: passou de 111 para 116.

O resultado causou surpresa ao núcleo político do Palácio do Planalto, que, após o primeiro turno, havia ameaçado retaliar deputados federais da base aliada que traíram o governo federal.

Para conseguir o placar esperado inicialmente, o governo federal chegou a fazer uma ofensiva sobre os partidos que tiveram no primeiro turno alta taxa de traição, como PSB e PPS.

O presidente acompanhou a votação da proposta no Palácio do Planalto acompanhado de assessores e auxiliares. Com o resultado, telefonou para líderes da base aliada para agradecê-los pelo empenho na aprovação da medida.

Em discurso à imprensa, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, disse que o presidente está satisfeito com o resultado e agradeceu a base aliada pelos votos obtidos.

"Os votos obtidos indicam a existência de um consenso sólido em relação à proposta", disse.

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