Com uso em diversos segmentos, de educação a turismo, a realidade virtual cresce no Brasil. Desde empresários com experiência em tecnologia a jovens recém-formados investem na área.
O administrador Rawlinson Peter Terabuio, 45, trabalhava há 20 anos com tecnologia quando resolveu investir em realidade virtual para fins educacionais.
Após anos de pesquisa, em 2015, surgiu a Beenoculus, que vende óculos para realidade virtual, que custam R$ 159, e serviços como filmagens em 360º para empresas de diversas áreas.
"Prestamos esses serviços como fonte de receita. Mas nosso objetivo mesmo é criar conteúdo próprio para a área de educação", diz Terabuio, que não revela faturamento.
A empresa já tem acordos com o grupo educacional Estácio e a Fundação Lemann para criar vídeos em 360º.
Já o engenheiro Yuri Sefrin, 24, se uniu a dois colegas recém-formados para criar a Ais Ambientes Virtuais e Simulações, em 2014, em Foz do Iguaçu, no Paraná.
A companhia cria tours virtuais pelas cataratas do Iguaçu e vende, on-line, óculos de realidade virtual feitos de papelão, a R$ 40.
O investimento inicial no negócio foi de R$ 20 mil e a meta é faturar R$ 2,5 milhões até julho de 2017.
Para o professor do Instituto de Tecnologia Mauá João Carlos Lopes Fernandes, esse é um segmento promissor para empreendedores por ainda ser pouco explorado.
Na faculdade, conta Fernandes, há incentivo para os alunos de engenharia desenvolverem trabalhos acadêmicos na área, que possam eventualmente virar start-ups.