Folha de S. Paulo


Adesão britânica à OMC depende de termo de separação da UE, diz Azevêdo

Os futuros termos de adesão do Reino Unido à OMC (Organização Mundial do Comércio) vão depender muito dos termos de separação entre União Europeia e o país, disse nesta sexta-feira (21) o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo.

O Reino Unido é membro da OMC, mas, após deixar a UE, a agenda de compromissos do bloco —uma lista de todas as suas tarifas, cotas e prerrogativas de subsídios— não será mais aplicável.

"Uma vez que eles (os britânicos) saírem, legalmente a agenda de compromissos da UE já não se aplica mais a eles... Os outros membros da OMC poderiam dizer: 'Eu não gosto disso. Devemos mudar isso ou aquilo'", disse Azevêdo em um seminário de negócios em Oslo.

"Muita coisa vai depender dos termos de separação nas negociações entre o Reino Unido e a UE. Isso pode ter um impacto positivo sobre a forma como os outros membros da OMC vêem isso ou não".

"Eu não acho que a economia global neste momento pode se dar ao luxo de mais turbulência. Quanto menos turbulência tivermos, melhor. Quanto mais rápido as relações comerciais forem estabelecidas entre Reino Unido, UE e outros membros da OMC, melhor."


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