O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central citou o comportamento positivo dos preços e a aprovação da PEC do Teto em primeiro turno na Câmara como fatores que permitiram a decisão de cortar os juros em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano.
A avaliação foi feita em comunicado divulgado nesta quarta (19).
"A inflação mostrou-se mais favorável no curto prazo, o que pode sinalizar menor persistência no processo inflacionário; o nível de ociosidade na economia pode produzir desinflação mais rápida do que a refletida nas projeções do Copom; os primeiros passos no processo de ajustes necessários na economia foram positivos, o que pode sinalizar aprovação e implementação mais céleres que o antecipado", afirmou a autoridade monetária no texto.
Para o Banco Central, o comportamento da inflação previsto para o próximo ano e para 2018 permite uma "flexibilização moderada e gradual das condições monetárias", sinalizando a continuidade do ajuste nas próximas reuniões.
"O Comitê avaliará o ritmo e a magnitude da flexibilização monetária ao longo do tempo, de modo a garantir a convergência da inflação para a meta de 4,5%", afirma a instituição.
Ainda de acordo com o comunicado, o tamanho do corte de juros vai depender do comportamento dos preços mais sensíveis às alterações na taxa básica de juros e do ritmo da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que limita gastos públicos. A PEC ainda precisa ser votada em segundo turno na Câmara dos Deputados e depois no Senado.