Reuniões acaloradas, férias sacrificadas e equipes monitorando as redes sociais exaustivamente para rastrear quaisquer incêndios em telefones: a Samsung Electronics ainda está tentando desesperadamente limitar o dano de um recall global recorde.
A Samsung iniciou no dia 2 de setembro um recall de pelo menos 2,5 milhões do Galaxy Note 7 por causa de baterias defeituosas, que fizeram com que alguns de seus dispositivos pegassem fogo.
A Samsung disse que a maioria dos aparelhos propensos a incêndios foram recuperados em importantes mercados, incluindo Estados Unidos e Coreia do Sul.
Mas o problema não acabou para a maior empresa listada em bolsa da Coreia Sul ou para o chefe da divisão de aparelhos móveis, Koh Dong-jin, que se curvou em um pedido de desculpas públicas no mês passado, menos de um ano após ocupar o cargo.
As esperanças da Samsung de finalmente seguir adiante após a crise levaram um golpe na quarta-feira. Um modelo já substituído começou a emitir fumaça em um avião norte-americano, disse a família proprietária do aparelho, levando a novas investigações por reguladores de segurança.
E, além disso, a Samsung está sendo pressionada por um dos fundos de hedge mais agressivos do mundo, o Elliott Management, a dividir a empresa e pagar US$ 27 bilhões em dividendos especiais.
A crise é pior que qualquer outra que a empresa já enfrentou, disse um informante da Samsung, que não quis ser identificado devido à sensibilidade do assunto. "Ela impacta diretamente nossos produtos, nossas marcas e a confiança com os consumidores", disse esta pessoa.
A Samsung disse em comunicado que não estava pensando em mudanças organizacionais ou de gestão e está focada no processo de substituição do Note 7.