Folha de S. Paulo


Agência de risco rebaixa mineradora Samarco para nível de calote

Após o calote no pagamento de juros que venceram no último dia 26, a agência Standard & Poor's rebaixou a nota de classificação de risco da mineradora Samarco de CCC para D, o nível mais baixo.

Esse nível indica que a empresa já deixou de pagar alguma obrigação e não há perspectivas que o faça nos próximos 30 dias. No dia 26, a companhia deixou de pagar US$ 13,4 milhões em juros devidos a detentores de títulos no mercado internacional.

Controlada pela Vale e pela BHP, a Samarco está sem operar desde o rompimento da barragem de Mariana (MG), no fim de 2015, que deixou um rastro de destruição.

Segundo a S&P, já consumiu, ao longo de 2016, todo seu caixa, em manutenção de suas unidades e para honrar gastos gerados pelo acidente;

Em nota, a agência lembra que os acionistas anunciaram que não fornecerão suporte financeiro à empresa e que há "consideráveis incertezas" quanto ao retorno às operações.

"Nesse cenário, acreditamos que a Samarco não realizará o pagamento devido nos próximos 30 dias, e provavelmente não honrará os pagamentos de outras obrigações financeiras que vencem nos próximos meses", diz a agência.

A Samarco disse que "continua a explorar opções em relação a uma reestruturação de sua dívida" e que os programas de remediação e compensação determinados em acordo celebrado com o governo brasileiro estão sendo cumpridos.


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