Folha de S. Paulo


Centrais sindicais protestam contra reforma trabalhista e da Previdência

Luiz Carlos Murauskas/Folhapress
Centrais sindicais realizam protestos contra reformas trabalhista e da Previdência
Centrais sindicais realizam protestos contra reformas trabalhista e da Previdência

As centrais sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, CGTB, NCST e CSP-Conlutas realizam um protesto nacional unificado nesta quinta-feira (22) em defesa de medidas de estímulo à economia, como redução da taxa de juros, e contra mudanças na legislação trabalhista e na Previdência Social, que entendem como retirada de direitos.

Para os dirigentes sindicais, as propostas de reforma da Previdência e da CLT colocam sobre as costas dos trabalhadores os custos de superação da recessão econômica.

O governo do presidente Michel Temer elabora uma proposta para alterar as regras de aposentadoria para conter o rombo da Previdência Social. Entre as medidas discutidas, estão aumento da idade mínima para aposentadoria e desvinculação do benefício ao salário mínimo.

Os sindicalistas se dividem sobre o tema —a CUT é contra qualquer mudança, já a Força negocia com o governo—, mas há consenso de que essas mudanças não devem valer para quem está hoje ativo no mercado.

A mobilização acontece em diversas capitais do país e é a segunda vez que as centrais se unem com esse objetivo. A primeira manifestação aconteceu em 16 de agosto.

Em São Paulo, o ato acontece na avenida Paulista, em frente à Fiesp.

Apesar do adiamento da reforma trabalhista para o segundo semestre de 2017, conforme anunciado nesta quarta (21) pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, o tema ainda foi um dos principais alvos dos discursos dos sindicalistas, que se opõem a mudanças na lei.

Além da oposição às reformas, os líderes sindicais também criticaram a ampliação da terceirização para atividades fim e mudanças na regra de exploração do pré-sal.

Diferentemente do primeiro protesto, em que muitos dos participantes usavam adesivos "Fora Temer", na ação desta quinta —após a conclusão do processo de impeachment no Congresso— não houve manifestações pedindo a saída do presidente, mas críticas às suas propostas.

Às 16h, os sindicalistas se juntam a protesto de professores da rede pública estadual de São Paulo, também na avenida Paulista.


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