Após o dólar ter renovado a cotação mínima em mais de um ano, chegando aos R$ 3,13 nesta quarta-feira (10), o Banco Central decidiu ampliar sua atuação no câmbio.
A autoridade monetária aumentou a oferta diária de contratos de swap cambial reverso para 15.000 contratos nesta quinta-feira (11), no montante de US$ 750 milhões. A operação equivale à compra futura de dólares. Todos os contratos foram leiloados.
Desde 1 de julho, quando voltou a agir no câmbio para reduzir a volatilidade e diminuir sua posição em swap cambial tradicional (que corresponde à venda futura), o BC vinha ofertando quase diariamente 10.000 contratos, no valor total de US$ 500 milhões.
Com isso, o dólar opera em leve alta ante o real. A moeda americana à vista subia há pouco 0,02%, a R$ 3,1377, enquanto o dólar comercial subia 0,22%, a R$ 3,1390.
O dólar tem perdido força com a percepção de investidores de que não há espaço para alta dos juros americanos neste ano. Além disso, o excesso de liquidez mundial e as expectativas de que os bancos centrais adotarão mais medidas de estímulo para evitar uma desaceleração global aumentam o fluxo para mercados emergentes, como o brasileiro. O principal atrativo são as altas taxas de juros no Brasil.
No campo doméstico, a percepção é de que a entrada de recursos no país aumente caso a presidente afastada Dilma Rousseff seja condenada no processo de impeachment. Entretanto, a confiança dos investidores poderá diminuir caso o novo governo falhe na implementação do ajuste fiscal.