O segmento de incubadoras de negócios, formado por instituições que abrigam e apoiam empresas inovadoras em estágio inicial, movimenta R$ 15 bilhões por ano e gera 53 mil empregos no Brasil.
O dado é resultado de estudo feito pela Fundação Getulio Vargas, encomendado pelo Sebrae e pela Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores).
A pesquisa foi realizada a partir de entrevistas com 65 gestores de incubadoras. Ela considerou empresas incubadas ou graduadas (que passaram pelo processo de incubação e atingiram as metas firmadas com a instituição).
Essas organizações, em geral ligadas a universidades, oferecem a start-ups (tanto as que já estão no mercado como as que estão em estágio de desenvolvimento de projetos) espaço, consultoria, contatos com profissionais especializados e ajuda para obter investimentos.
PERFIL DAS EMPRESAS
Segundo a Anprotec, existem 369 incubadoras de negócios no Brasil. Elas reúnem 2.310 empresas em processo de incubação. Outras 2.815 foram graduadas por elas.
A maioria das incubadas e graduadas é de micro e pequeno porte (96% e 85,9%, respectivamente).
Entre as que estão em incubadoras, 6,4% empregam mais de dez funcionários. Entre as graduadas, 19,9%.
POTENCIAL
Jorge Audy, presidente da Anprotec, diz que o estudo mostra que as incubadoras têm grande potencial de impactar a economia brasileira.
Ele afirma que, se comparado a países de ponta no cenário tecnológico, o Brasil tem poucas instituições do tipo. Na China, por exemplo, são mais de 3.000, diz.
"Se, com a estrutura de hoje, geramos empregos dessa ordem, o grande esforço deve ser para ampliarmos ainda mais esse ecossistema."