Folha de S. Paulo


BC vai retomar intervenção no câmbio após dólar bater em R$ 3,20

Alan Marques/Folhapress
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, participa de sabatina no Senado
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, participa de sabatina no Senado

O Banco Central voltará a intervir no câmbio nesta sexta-feira (1º), depois de ficar mais de 40 dias fora do mercado. A instituição anunciou que fará um leilão de "swap" cambial reverso às 9h30, no valor de US$ 500 milhões (10.000 contratos).

Esse instrumento equivale à compra de moeda no mercado futuro, ou seja, contribui para elevar a demanda pelo dólar e, consequentemente, a conter sua queda.

Desde 18 de maio a instituição não intervém no câmbio. Na época, a taxa estava em R$ 3,53. Nesta sexta, fechou em R$ 3,2098 pela taxa média apurada pelo BC (Ptax).

Na terça-feira (28), o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, reafirmou que o câmbio é flutuante e que autoridade monetária poderia utilizar todas as ferramentas cambiais de que dispõe, sempre com parcimônia.

Afirmou ainda que o plano do BC era encontrar uma janela de oportunidade para reduzir o estoque de swap cambial em ritmo compatível com o funcionamento do mercado, "quando e se for possível".

O estoque de swaps está hoje em US$ 62,1 bilhões. Na prática, é como se o BC tivesse injetado moeda estrangeira no mercado nesse valor. Quando o BC negocia o swap reverso, está na prática recomprando esses dólares e o estoque nas mãos do mercado é reduzido.


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