Folha de S. Paulo


Empresa gaúcha usa papelão para fazer móveis e casinha de brinquedo

Jefferson Bernardes/Folhapress
Simone Menda e o marido Tiago proprietários da fábrica Eu Amo Papelão, que vendeu 100 mil unidades de brinquedos de papelão. A empresa gaúcha produz itens como castelos, foguetes e casinhas. FOTO: Jefferson Bernardes/Folhapress
Simone Menda e o marido Tiago proprietários da fábrica Eu Amo Papelão

Um casal gaúcho criou há três anos uma empresa que não precisou sair do papel para dar lucro. Batizada de Eu amo Papelão, a fabricante já vendeu mais de 100 mil brinquedos feitos desse material.

Mesmo em época de crise, o casal diz que o faturamento subiu 40% de janeiro a maio deste ano, em relação a igual período de 2015 –mas não revela o valor absoluto.

Há mais de uma década trabalhando no setor de embalagens de papelão, Thiago Cestari da Costa, 37, se associou à mulher, Simone Buksztejn Menda, 36, para montar a empresa, cujo foco são brinquedos que exigem interação entre pais e filhos.

As peças precisam ser destacadas de suas cartelas, montadas e encaixadas. A intenção é que as crianças usem tintas, canetas e lápis coloridos para personalizá-las.

150 KG

Os brinquedos custam entre R$ 9 (um cofrinho) e R$ 189 (uma casinha) –menos da metade do preço de um similar tradicional, de plástico, em lojas on-line. Os proprietários, porém, dizem que não querem se diferenciar pelo preço, mas pela proposta de experiência diferente.

A fábrica faz também mesinhas e bancos. A Folha testou um banco para adultos que suporta até 150 quilos. O papelão é virgem e possui folha dupla. "Tem toda uma engenharia por trás, não adianta pegar papelão do lixo e tentar fazer igual", diz Simone.

A Eu Amo Papelão vende os produtos pela internet para todo o país e também em lojas físicas em dez Estados.

AMPLIAÇÃO

Os planos para este ano incluem expandir as vendas e iniciar exportações.

O próximo lançamento da marca, um avião, foi uma "encomenda" de Renato, 8, filho do casal. Roberta, 5, por sua vez, pediu uma cama para sua boneca e o castelo de brinquedo.

Alguns pais fazem pedidos específicos, que são atendidos quando o produto passa a ser uma tendência de demanda dos clientes.

É o caso da cartela com a história dos Três Porquinhos. O brinquedo permite fazer o Lobo Mau derrubar as casinhas, mas é comum que as crianças inventem outras histórias.

O brinquedo mais encomendado, porém, é a casinha. "Quando a criança entra na casinha, ela cria um outro mundo. Aquela casinha pode ser qualquer coisa. É o mundo da imaginação", diz.

Fundada em 2013, a empresa tem cinco funcionários.


Endereço da página: