O conselho de administração da Petrobras aprovou, em reunião realizada nesta segunda-feira (30), a nomeação de Pedro Parente para a presidência da companhia.
Parente substituirá Aldemir Bendine, que renunciou nesta segunda ao cargo que ocupava desde fevereiro de 2015. Ele assumirá o cargo nesta terça (31).
A expectativa inicial era que Parente assumisse na semana passada, mas o conselho da companhia esperou a realização de teste de integridade, avaliação de currículo e antecedentes do indicado.
O novo presidente já anunciou que manterá no cargo o diretor financeiro Ivan Monteiro, trazido por Bendine do Banco do Brasil.
Ainda não há indicações sobre manutenção ou troca do restante da diretoria.
Em sua carta de despedida dos empregados da companhia, Bendine agradeceu o apoio durante sua gestão e lista algumas das "vitórias" durante sua gestão.
"Da ameaça de apagão financeiro, chegamos a um caixa robusto, superior a R$ 100 bilhões. Essa marca é resultado direto do corte nos investimentos e do enxugamento nos custos operacionais", disse o executivo.
Ele que classificou o momento em que tomou posse, em fevereiro de 2015, como "tempestade perfeita". Na época a Petrobras estava com o balanço de 2014 atrasado e corria o risco de ter o resgate de dívidas antecipado.
A Folha apurou que o conselho de administração da companhia não espera uma guinada brusca com o novo presidente, pois, nas palavras de um conselheiro, o momento da empresa não permite "dar um cavalo de pau".
Parente terá como maior desafio dar continuidade ao esforço de equacionamento da dívida da estatal, hoje em R$ 450 bilhões e com grande volume de vencimentos nos próximos anos.
A Petrobras informou ainda que Luciano Coutinho, que presidia o BNDES, renunciou ao conselho da companhia.
Sua vaga ficará desocupada até nova indicação. A tendência é que a nova presidente do banco, Maria Silvia Bastos Marques, assuma o posto.
