A presidente Dilma Rousseff vai anunciar nesta sexta-feira (6) a contratação de pelo menos 30 mil novas unidades que serão construídas dentro do programa Minha Casa, Minha Vida. O número final ainda está sendo fechado.
No último domingo (1º), a presidente havia falado em 25 mil unidades, mas o número foi elevado após uma série de discussões dentro do governo.
As 25 mil estavam divididas entre projetos ligados a entidades selecionadas pelo governo e imóveis na área rural, com um custo total estimado em cerca de R$ 1 bilhão para o Tesouro Nacional.
Para se chegar aos mais de 30 mil, serão ampliados os imóveis rurais, mais baratos de serem produzidos, pois normalmente o beneficiário já é dono do terreno. Com isso, o gasto do governo deve subir em mais R$ 150 milhões.
Em relação aos projetos de entidades, muitas delas contrárias ao impeachment da presidente, são obras que foram selecionadas e já constavam de portarias do Ministério das Cidades de abril e dezembro de 2015, mas ainda não haviam tido sua construção liberada.
Na parte rural, o processo de contratação já está em andamento desde o início deste ano, com cerca de 1.000 unidades com a construção liberada.
O anúncio é parte da estratégia de antecipar medidas de apelo popular antes que o Senado analise o afastamento da presidente, na próxima semana. Dilma participará do evento no Palácio do Planalto, junto com a ministra Inês Magalhães (Cidades) e representantes de algumas entidades beneficiadas.
Nesta quinta-feira (5), a presidente entregou obras do programa no Pará. Também foram entregues pelo governo unidades em outros quatro Estados (Bahia, Ceará, Minas Gerais e Rio de Janeiro).
Segundo a Caixa, já foram contratados 4,3 milhões de imóveis pelo programa nas suas duas primeiras fases. Cerca de 1,5 milhão ainda estão em obras. Para a fase 3, iniciada neste ano, a meta são mais 2 milhões.