Folha de S. Paulo


AB InBev tem início de ano fraco com venda menor de cerveja no Brasil

Justin Tallis/AFP
Bebidas produzidas pela Anheuser-Busch InBev, que teve início de ano fraco
Bebidas produzidas pela Anheuser-Busch InBev, que teve início de ano fraco

A Anheuser-Busch InBev, que deve ampliar sua liderança global em cervejas com a compra da SABMiller, divulgou resultado abaixo do esperado no primeiro trimestre, após ter vendido 10% menos cerveja no seu segundo maior mercado, o Brasil, o que impactou o resultado da brasileira Ambev.

As ações da AB InBev chegaram a cair 4,6% e atingiram o menor patamar em sete semanas, a € 103,20, o que as colocava entre as piores performances do índice FTSEurofirst 300 das principais ações europeias.

Em fevereiro, a companhia havia alertado que era provável que tivesse um início de ano fraco no Brasil. Os volumes de cerveja caíram 10% no trimestre em relação a um ano antes, mas se recuperaram em abril, disse a fabricante.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) do primeiro trimestre da AB InBev subiu em 2,5% excluindo o impacto de moedas e itens extraordinários, para US$ 3,46 bilhões, ante previsão média em pesquisa da Reuters de US$ 3,73 bilhões.

O crescimento dos resultados também foi limitado por um aumento de 13,5% nos gastos com vendas e marketing.

Eamonn Ferry, analista do setor de bebidas da Exane BNP Paribas, disse que os números da companhia devem melhorar no segundo trimestre, principalmente comparados com a performance fraca um ano antes, e que o Carnaval mais cedo e aumentos de impostos no Brasil podem ser considerados eventos extraordinários.

O resultado do grupo saiu no mesmo dia em que a Ambev divulgou queda de 2,3% no lucro líquido do primeiro trimestre na comparação com um ano antes, para R$ 2,89 bilhões.


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