Folha de S. Paulo


Ministério cobra medidas contra abusos em contrato de banda larga

Mateus Bruxel/Folhapress
Cabos utilizados para transmissao de dados com fibra otica - SAO PAULO, SP, BRASIL, 26-10-2010, 12h45: Cabos utilizados para transmissao de dados com fibra otica expostos no estande da Diamond na Futurecom 2010, feira de telecomunicacoes realizada no Transamerica Expo Center, na avenida Dr. Mario Villas Boas Rodrigues, Santo Amaro. (Foto: Mateus Bruxel/Folhapress, MERCADO)***EXCLUSIVO FOLHA***
Cabos utilizados para transmissão de dados com fibra ótica

Com a nova prática das operadoras de banda larga fixa de limitar o volume de dados consumidos pelos usuários, o governo federal solicitou à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que adote medidas para que as empresas não cometam abusos.

Os novos contratos que estão sendo fechados pelas empresas para a banda larga fixa são no modelo de franquia, que determina um volume específico de dados que podem ser consumidos. O modelo é semelhante ao adotado no sistema de banda larga móvel, usado em celulares.

O Ministério das Comunicações enviou um ofício à Anatel para que ela avalie a situação e que fiscalize as empresas a fim de que os contratos sejam cumpridos.

A possibilidade da venda de pacotes de dados é prevista pela regulamentação da Anatel, mas o temor do governo é que as empresas mudem os contratos de forma unilateral, prejudicando os usuários.

Segundo o presidente do conselho diretor da Anatel, João Rezende, a agência ainda irá avaliar o ofício enviado pelo ministério e, só depois disso, irá tomar uma decisão em relação às práticas das empresas respeitem os contratos.

"Ainda não detectamos que exita uma prática no mercado [de alterar os contratos]. Não sabemos de casos em que a internet está sendo cortada", diz Rezende.

O modelo de pacote de dados já era oferecido pela maioria das empresas do setor –Claro, Net, Embratel e Oi já negociavam dessa forma.

Porém, a reclamação de usuários em redes sociais ganhou força após a Vivo comprar a GVT e passar a oferecer apenas pacotes fechados.

Apenas a TIM e a Algar, as últimas colocadas no ranking das operadoras desse serviço, ainda operam com internet sem franquia.


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