Folha de S. Paulo


Argentina não deve aceitar acordo com Brasil no setor automotivo, diz jornal

Nacho Doce - 13.ago.2013/Reuters
Trabalhadores na produção de automóveis da montadora Ford, em São Bernardo do Campo (SP). O Governo pode elevar a quantidade exigida de auto-peças brasileiras em um véiculo para que as montadoras recebam os incentivos fiscais previstos no regime automotivo. *** Brazilian workers polish Ford cars on a assembly line at Sao Bernardo do Campo Ford plant, near Sao Paulo August 13, 2013. The pace of vehicle production in Brazil slipped in July to the lowest daily rate in five months as factories, facing sagging consumer confidence, scaled back output, industry data showed on August, 6. Anfavea, the national automakers association, said automobile production in Brazil fell 2.7 percent from June, even though July had three additional work days. Factories produced about 13,600 cars a day, the lowest rate since February. REUTERS/Nacho Doce (BRAZIL - Tags: TRANSPORT BUSINESS EMPLOYMENT)
Trabalhadores na produção de automóveis da montadora Ford, em São Bernardo do Campo (SP)

O governo argentino não deverá aceitar a proposta de livre-comércio com o Brasil no setor automotivo, de acordo com informações do jornal "La Nación".

A Anfavea (associação das montadoras instaladas no Brasil) informou, na semana passada, que havia sugerido à Adefa (entidade que representa o setor na Argentina) a liberação total do comércio entre os países. A intenção era fechar uma proposta para apresentar aos governos.

O tratado ajudaria a indústria brasileira, que sofre com a recessão e registrou queda de 38,8% nas vendas em janeiro de 2016 na comparação com o mesmo mês do ano passado. O número de funcionários recuou 10,2% no mesmo período.

A Argentina, no entanto, teme uma invasão de produtos brasileiros, que ganharam competitividade em 2015 com a desvalorização do real. A intenção do governo é proteger as empresas instaladas no país e os empregos.

Hoje, os países têm um acordo limitado de isenção de impostos. Para cada US$ 1,5 em peças e carros vendidos para a Argentina, o Brasil precisa comprar US$ 1. Esse tratado, no entanto, vencerá em 30 de junho.

As regras que entrarão em vigor a partir de julho deverão ser discutidas na próxima semana em Buenos Aires em um encontro entre o ministro brasileiro de Desenvolvimento, Armando Monteiro, e seu parceiro argentino, Francisco Cabrera.


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