Folha de S. Paulo


Governo americano espera expansão do PIB de 2,6% em 2016 e 2017

AFP
O presidente dos EUA,Barack Obama, que deixa o cargo em janeiro

Os Estados Unidos deverão manter uma expansão da economia moderada em 2016 e 2017, segundo estimativas da Casa Branca divulgadas nesta terça-feira (9) no projeto de Orçamento.

O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) será de 2,6% em 2016 e 2017, enquanto a taxa de desemprego cairá neste ano a 4,7%, e a 4,5% em 2017, projeta o governo americano.

As previsões vão ao encontro das estimativas do FMI (Fundo Monetário Internacional), mas são mais otimistas do que as do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que espera um crescimento de 2,4% —igual ao do ano passado— para 2016, e 2,2% para 2017.

A Casa Branca admite que o ritmo de crescimento econômico é bastante modesto, apesar de considerar que os Estados Unidos têm a economia "mais forte e duradoura do mundo". O governo adverte que "a fragilidade da Europa e dos países emergentes pode pesar no crescimento dos próximos anos".

EMERGENTES

O documento cita, principalmente, a desaceleração da economia da China e a contração econômica em Brasil e Rússia.

O Orçamento prevê uma inflação em alta a 2,1% em 2017, o que é um objetivo do Fed, após um nível inflacionário esperado de 1,5% em 2016 e de 0,1% em 2015.

O deficit orçamentário, que havia caído a 2,5% do PIB em 2015, deve aumentar a 3,3% do PIB em 2016 e 3,2% em 2017. Se for confirmada esta orientação, o deficit chegará a 5% do PIB em 2026, devido ao envelhecimento da população e ao conseguinte aumento dos gastos com saúde.

Se forem levadas em conta as reformas orçamentares propostas pelo governo Obama (reforma de impostos, taxas ao petróleo, impostos sobre ganhos financeiros, entre outras), o deficit não deverá superar 2,6% do PIB em 2017, nem 2,8% em 2016.

O Orçamento para o ano fiscal de 2017, que começa em 1º de outubro, parece mais uma declaração política do que um documento de trabalho, uma vez que tem chances mínimas de ser aprovado no Congresso, controlado pela oposição, republicana.


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