Folha de S. Paulo


Número de recalls triplicou em uma década no Brasil

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Unidade do Gol 2015; carros dessa versão entram no recall anunciado pela Volkswagen
Unidade do Gol 2015; carros dessa versão entraram no recall anunciado pela Volkswagen em 2015

O número de recalls realizados no país mais que triplicou em uma década, segundo relatório do Ministério da Justiça, publicado nesta quarta-feira (20).

Em 2005, foram realizados 39 recalls, enquanto que o número de chamamentos para reparos em 2015 subiu para 130.

Desse total, os automóveis responderam por 68% dos recalls. As motocicletas aparecem em segundo lugar, com 18% dos casos.

O balanço do ministério não se restringe a apenas veículos automotores, embora eles respondam por 87% dos chamamentos.

Bicicletas ocupam o terceiro lugar, com cinco casos, e peças e componentes mecânicos vêm logo atrás, com três chamamentos.

Caminhões, cosméticos, medicamentos e produtos infantis registraram dois recalls cada um deles.

Por fim, foram registrados um caso para alimentos e outro para eletroeletrônicos.

O balanço também analisa os casos por quantidade de produtos afetados.

Os automóveis detêm 85% do total de unidades chamadas para reparos.

Em segundo lugar vem os produtos infantis, com 8% das unidades.

Seguem motocicletas (3%) e alimentos (2%).

MARCAS

Entre as marcas que mais precisaram realizar recalls de seus produtos estão a Fiat, com 16 casos, e a Mercedes-Benz, com 10.

Na sequência aparecem empatadas Volkswagen e Jaguar/Land Rover, com oito situações cada.

Honda e BMW registraram sete casos cada. Toyota e Ford aparecem com seis recalls registrados.

Entre as grandes montadoras do país, a GM registrou cinco casos.

TIPOS DE ACIDENTES

Das causas que motivaram os recalls entre automóveis, possíveis lesões e lacerações respondem por 91%. Possíveis incêndios representam o restante —9%.

Entre as motocicletas, lesões e lacerações motivaram os recalls em 93% dos casos. Proteção contra quedas outros 6%. Incêndios respondem por apenas 1%.

Nos produtos infantis, que apresentaram uma alta quantidade de produtos chamados para reparos, a possibilidade de causar asfixia em crianças respondeu por 98% dos pedidos de recalls. Os 2% restantes são por possíveis lesões.


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