O número de recalls realizados no país mais que triplicou em uma década, segundo relatório do Ministério da Justiça, publicado nesta quarta-feira (20).
Em 2005, foram realizados 39 recalls, enquanto que o número de chamamentos para reparos em 2015 subiu para 130.
Desse total, os automóveis responderam por 68% dos recalls. As motocicletas aparecem em segundo lugar, com 18% dos casos.
O balanço do ministério não se restringe a apenas veículos automotores, embora eles respondam por 87% dos chamamentos.
Bicicletas ocupam o terceiro lugar, com cinco casos, e peças e componentes mecânicos vêm logo atrás, com três chamamentos.
Caminhões, cosméticos, medicamentos e produtos infantis registraram dois recalls cada um deles.
Por fim, foram registrados um caso para alimentos e outro para eletroeletrônicos.
O balanço também analisa os casos por quantidade de produtos afetados.
Os automóveis detêm 85% do total de unidades chamadas para reparos.
Em segundo lugar vem os produtos infantis, com 8% das unidades.
Seguem motocicletas (3%) e alimentos (2%).
MARCAS
Entre as marcas que mais precisaram realizar recalls de seus produtos estão a Fiat, com 16 casos, e a Mercedes-Benz, com 10.
Na sequência aparecem empatadas Volkswagen e Jaguar/Land Rover, com oito situações cada.
Honda e BMW registraram sete casos cada. Toyota e Ford aparecem com seis recalls registrados.
Entre as grandes montadoras do país, a GM registrou cinco casos.
TIPOS DE ACIDENTES
Das causas que motivaram os recalls entre automóveis, possíveis lesões e lacerações respondem por 91%. Possíveis incêndios representam o restante —9%.
Entre as motocicletas, lesões e lacerações motivaram os recalls em 93% dos casos. Proteção contra quedas outros 6%. Incêndios respondem por apenas 1%.
Nos produtos infantis, que apresentaram uma alta quantidade de produtos chamados para reparos, a possibilidade de causar asfixia em crianças respondeu por 98% dos pedidos de recalls. Os 2% restantes são por possíveis lesões.