Folha de S. Paulo


Na era Tombini, Banco Central já falou antes de reunião sobre juro

Joel Rodrigues/Folhapress
O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini

Em pelo menos três ocasiões, desde 2011, representantes do BC fizeram declarações às vésperas de reuniões do Copom (Comitê de Política Monetária).

No primeiro ano da gestão de Alexandre Tombini, em 27 agosto de 2011, um sábado, o então diretor do BC Luiz Awazu Pereira da Silva disse em evento que a economia global caminhava para uma recessão (que não se confirmou) e que a inflação no país convergia para a meta de 4,5% (terminou o ano em 6,5%).

As afirmações não provocaram grandes mudanças nas apostas para o Copom da quarta-feira seguinte, quando a instituição surpreendeu com um polêmico "cavalo de pau" na política monetária.

O BC interrompeu o ciclo de alta de juros iniciado em janeiro daquele ano e começou a cortar a taxa.

Em 29 de março de 2014, Tombini fez um discurso no sábado que antecedeu a reunião na qual o Copom anunciou o último aumento de juros antes das eleições presidenciais. Daquela vez, no entanto, não se tratou de inflação ou política monetária.

Em outra ocasião no ano passado, gerando grande polêmica, o diretor do Banco Central Tony Volpon decidiu antecipar a jornalistas que votaria pelo aumento dos juros na reunião que ocorreria oito dias depois. Diante das críticas, acabou se abstendo de votar naquela ocasião.

Taxa básica de juros (Selic)


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